Quando o adolescente de 15 anos Andres Alonnso Bie Perez ficou sabendo que ganharia um prêmio de US$ 25 mil do Facebook, a primeira coisa que ele fez foi acordar a mãe.
"Eu fiquei em choque e fui acordar minha mãe. Eu esperava receber o pagamento mínimo por este tipo de descoberta, uns 500 dólares", disse Andres.
A mãe do adolescente, Helenice Luzia Peres, disse que, no momento da notícia, achou que o filho estava brincando com ela.
“Fiquei surpresa, ele estava ansioso para ver se ia conseguir os 500 dólares, e quando ele me disse o valor do prêmio, achei que ele estava fazendo algum tipo de brincadeira. Estou muito feliz por ele".
Helenice contou que, aos 9 anos de idade, o filho pediu para fazer curso de programação de computador. Mas ela achou que era cedo demais.
"Ele sempre demonstrou interesse nessa área. Aos 9 anos me pediu, mas não deixei. Preferi esperar até os 11, quando ele começou os cursos. E olha no que deu", comemora.
Com as taxas de transferência bancária, no final das contas, o adolescente recebeu R$ 126 mil reais. E a primeira coisa que ele quis comprar foi um computador.
"Comprei um computador melhor. O resto eu pretendo guardar e investir em algum projeto”, contou.
Andres virou atração durante as aulas on-line da escola onde cursa o 9º ano do ensino fundamental. Ele disse que os professores e colegas de turma ficaram impressionados.
"Todo mundo me parabenizou durante as aulas on-line. Meus professores me elogiaram, meus amigos ficaram bobos. Foi muito engraçado. Foi legal".
Como foi descoberta a falha
O estudo mineiro Andres Alonso Bie Perez. — Foto: Arquivo Pessoal
Andres queria criar um aplicativo de filtros de fotos do Instagram que só estão disponíveis no computador, o que o obrigou a entender o funcionamento do serviço.
Quando analisou o método utilizado para criar o que queria, ele percebeu que os links podiam ser manipulados para incluir qualquer código na página do Instagram.
"Eu já estava com a intenção de "achar" algum erro, foi quando eu estava fazendo um aplicativo que precisa integrar com os filtros do Instagram e precisava saber como ele criava os links dos filtros. Para isso eu tive que estudar o aplicativo e vi que tinha a possibilidade de ser uma falha. Eu testei e deu certo", explicou.
O adolescente disse que já pretendia dedicar um tempo para procurar falhas e participar do "bug bounty" do Facebook, um programa que premia informações sobre vulnerabilidades em seus serviços.
Foi assim que, no dia 23 de agosto, Andres enviou um e-mail informando a falha ao Facebook. A empresa respondeu dois dias depois que havia reparado o erro e falou do prêmio. O estudante recebeu o dinheiro no dia 14 de setembro.
Não foi a primeira vez que Andres participou desse tipo de programa, mas até então ele só tinha recebido palavras de agradecimento das empresas envolvidas.
O adolescente contou que ainda não sabe qual profissão seguirá no futuro. "Só sei que será na área de tecnologia", disse.
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