O curso de Farmácia da UNIGRAN desenvolve pesquisa que analisa a qualidade microbiológica de matérias-primas, insumos e produtos acabados. A linha de pesquisa coordenada pela Profª Drª Adriana Mestriner Felipe de Melo está voltada para a investigação dessas questões, buscando assegurar que alimentos, produtos manipulados e derivados de fontes naturais estejam aptos para o consumo humano, sem oferecer riscos à saúde.Segundo a professora, todos os produtos devem atender aos requisitos mínimos estipulados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quanto aos padrões microbiológicos. “Os limites variam de acordo com o tipo de produto. Por exemplo, a água potável tem limites de contaminantes específicos, enquanto a água ultrapura utilizada em farmácias de manipulação possui rigor ainda maior. Já para a água de recreação, os limites de contaminantes são mais toleráveis”, explica Adriana.
A linha de pesquisa tem se aprofundado na investigação da qualidade microbiológica de alimentos in natura ou processados, como presunto, polpas de frutas, hortaliças e sorvetes. Atualmente, o foco está em produtos naturais comercializados na forma desidratada, como a camomila. Amostras foram recolhidas de vendedores ambulantes na fronteira e na cidade de Ponta Porã, com o objetivo de identificar a presença de bactérias em níveis acima dos especificados pela farmacopeia brasileira. Outras cidades também serão alvo desta análise.
“Conhecer a qualidade dos produtos é essencial para reconhecer os riscos associados ao seu consumo. Caso os contaminantes estejam acima do permitido, realizaremos ações de orientação para conscientizar as pessoas sobre a importância de adquirir produtos de fontes confiáveis”, afirma a professora. A pesquisa está sendo desenvolvida em parceria com duas acadêmicas oficialmente integradas ao projeto, além de outros estudantes que contribuem pontualmente, auxiliando na coleta de amostras de diferentes regiões.
Gabriela Marques Ferreira, acadêmica do 2º semestre do curso de Farmácia, destaca a importância do controle de qualidade das drogas vegetais. “Esse controle visa certificar a procedência e os tipos de contaminantes presentes em cada amostra, permitindo rastrear possíveis riscos associados ao consumo desses produtos. As drogas vegetais, cada vez mais populares no mercado de remédios, por serem produtos comercializados na forma de extrato seco, podem conter uma variedade de contaminantes”, explica Gabriela.
Ela ressalta que identificar esses contaminantes é crucial para garantir a segurança do consumidor final e prevenir a contaminação cruzada. Além disso, destacou sua participação na pesquisa. ”É uma experiência aprofundada na microbiologia, a pesquisa tem fortalecido nosso senso crítico investigativo e desenvolvido habilidades na escrita científica”, finaliza a acadêmica.
O projeto da UNIGRAN além de contribuir para a segurança alimentar e farmacêutica, estimula o desenvolvimento de futuros profissionais mais críticos, reflexivos e preparados para enfrentar os desafios da profissão. A pesquisa, que está em andamento, será publicada em revistas científicas, contribuindo para o avanço do conhecimento na área.
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