Há um ano, além da batalha contra o câncer, Ingrid dos Santos Kalil Dipe, 34 anos, luta na justiça pelo direito a medicação de R$ 1,5 milhão, que vai ajudar no tratamento contra a metástase óssea. A moradora de Campo Grande segue acamada e sem condições de interagir com o filho pequeno, enquanto não consegue a medicação, a cada 21 dias faz quimioterapia e uso de medicamento para bloqueio hormonal.
Em 2022 o TopMídiaNews contou a história da Ingrid e como ela descobriu a doença logo após o nascimento do filho. Na época, Ingrid e o esposo Diego realizavam uma vaquinha para o uso de outra medicação importante no tratamento enquanto já lutava na justiça para que fosse liberada as outras doses.
O primeiro tratamento de Ingrid em 2022 custava R$ 318 mil. A paciente precisava tomar três ampolas e cada ampola custava R$ 8,5 mil dando o valor de R$ 25,5 mil mais R$ 1 mil da aplicação, ou seja, o tratamento custava R$ 26,5 mil a cada 21 dias.
Enquanto aguardava a liberação por meio judicial, a vaquinha feita pela família ajudou Ingrid a tomar 2 remessas da medicação, mas a terceira dose veio com atraso e quando ela tomou não fez efeito.
"Por conta da demora da terceira dose, quando tomei não fez efeito e meu caso regrediu", lembra.
Com a doença fortalecida, novo remédio foi repassado a paciente, mas desta vez, o valor quadruplicou ficando inviável ao orçamento da família.
A nova medicação precisa ser tomada em 17 doses. Cada uma delas custa R$ 90 mil, ultrapassando um tratamento de R$ 1,5 milhão.
Há um ano, Ingrid entrou na justiça e ganhou em todos os âmbitos para que o governo assumisse o valor do tratamento. No entanto, o governo recorreu todas às vezes.
"Preciso que o Estado libere o dinheiro para a clínica, mas eles sempre recorrer mesmo sabendo que o Estado tem como pagar. Enquanto isso, sigo co tratamento de quimioterapia e uso de remédios para bloqueio hormonal a cada 21 dias", explica.
Acamada por conta da doença, Ingrid não consegue interagir com o filho pequeno que é autista e precisava ainda mais da mãe. O desespero consome por não saber quanto tempo isso pode demorar.
"A sensação é que eles esperam o paciente morrer. É um valor inviável para arrecadar e porque arrecadar se o governo tem condições de pagar. A gente espera agilidade", comenta.
A reportagem entrou em contato com a SES (Secretaria de Estado de Saúde a respeito do caso e aguarda retorno.
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