A ‘guerra das vacinas’, politizada no Brasil, é motivo de dor de cabeça ao secretário de Saúde de Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende. Ele tenta articular a compra de vacinas contra a Covid-19 através do Ministério da Saúde para imunização em janeiro, mas não descarta união dos estados com São Paulo como alternativa.
Ontem, o governador paulista, João Dória, divulgou que vai disponibilizar 4 milhões de doses da vacina que adquirir para estados interessados.
O gestor da pasta explicou ao TopMídiaNews que, daqui a pouco, às 11h, Reinaldo Azambuja (PSDB) participa de reunião por videoconferência com os governadores de vários estados para tratar desse assunto.
Os governadores pretendem fazer pressão junto ao Ministério da Saúde para resolutividade da questão. “Após essa reunião, a gente vai ter uma definição. Acredito que a gente tenha uma definição de cada estado. E se a gente conseguir que o Ministério da Saúde, acabe com essa celeuma e divisão que não interessa a ninguém no país, todos serão beneficiados”, disse.
Plano B
Apesar das tentativas junto ao governo federal, Mato Grosso do Sul não descarta e tem plano alternativo para a aquisição de vacinas. “Acaso isso [imunização] encontre dificuldade, nós estamos tentando construir um plano B e aí vamos ter de fazer a definição governamental. O governador que vai definir isso, se nós vamos ou não fazer a imunização do grupo de risco até aguardar a vacina do governo federal” explica.
(Governador de SP João Dória e governador de MS, Reinaldo Azambuja)
Resende complementou que no momento a sua função é tentar solucionar a questão junto ao Ministério. “Vamos conversar e a nossa missão enquanto secretário é exigir que o Ministério da Saúde compre as vacinas seja ela: Coronavac ou Moderna, ou qualquer outra que tenha eficácia seja da Sinovac Biotech, ou com o laboratório FioCruz para começar a distribuir para a população em janeiro”.
Para o gestor da pasta, o governo federal precisa incorporar e manter o pilar do Plano Nacional de Imunização que é exemplo para o mundo. “Para que não se quebre [o plano] e não haja essa guerra de vacinas entre os estados. ‘um estado querendo vacinar a sua população a frente de outros estados’. Entendemos que temos de ter o tratamento igualitário para qualquer brasileiro. Seja ele do nordeste, do sul ou da região centro-oeste. Portanto, estamos cobrando que o Ministério da Saúde tenha uma definição acerca das vacinas” finaliza.
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