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Responsabilidade ambiental: tamanduás tratados pelo Imasul ganham nova chance na natureza

3 Mar 2025 - 08h36Por nrodrigues

A esperança de um recomeço se tornou realidade para três tamanduás que passaram meses em reabilitação no Centro de Recuperação de Animais Silvestres (CRAS), sob os cuidados do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).

Nesta quinta-feira, esses animais foram transferidos para uma nova etapa de sua jornada rumo à liberdade. O destino foi o Instituto Tamanduá, em Aquidauana, onde passarão por um processo de adaptação antes de serem reintegrados à natureza.

A iniciativa faz parte do projeto Órfãos do Fogo, que tem como missão resgatar e devolver ao habitat natural animais que sofreram com queimadas, atropelamentos e outras ameaças. A equipe do Hospital Ayty, composta por veterinários e biólogos, foi responsável pelo transporte dos tamanduás, garantindo que chegassem em segurança ao novo lar.

 

Histórias de superação

Cada tamanduá resgatado carrega uma história de luta. Entre os transferidos está um tamanduá-bandeira encontrado sozinho às margens de uma rodovia em Miranda, sem sua mãe por perto. Graças ao resgate rápido e aos cuidados recebidos no CRAS, ele teve uma segunda chance.

Outro caso marcante é o de um tamanduá-mirim que foi encontrado em Campo Grande pela Polícia Militar Ambiental (PMA). Frágil e desorientado, o pequeno animal passou por uma reabilitação cuidadosa antes de estar apto para a transferência.

Além deles, um segundo tamanduá-bandeira também seguiu para Aquidauana. Ele chegou ao CRAS em novembro de 2024 com suspeita de cinomose, uma doença grave que poderia comprometer sua sobrevivência. Felizmente, exames descartaram a infecção, permitindo que ele seguisse para essa nova etapa de reintrodução.

Compromisso com a Conservação

Para o diretor-presidente do Imasul, André Borges, essa ação é um reflexo do compromisso de Mato Grosso do Sul com a preservação da fauna.

"O projeto Órfãos do Fogo é essencial para garantir que esses animais, vítimas de tragédias ambientais, possam ter uma nova chance na natureza. A parceria entre o Imasul e o Instituto Tamanduá reforça nosso compromisso com a biodiversidade", afirmou.

A veterinária Jordana Toqueto, que acompanhou os tamanduás durante o tratamento, destacou o cuidado envolvido na preparação dos animais para essa nova fase.

"Cada um desses tamanduás passou por exames detalhados, recebeu alimentação especializada e foi preparado para retornar ao ambiente natural. Agora, no Instituto Tamanduá, eles aprenderão a sobreviver por conta própria antes de serem soltos definitivamente", explicou.

 

O papel do Hospital Ayty

A recuperação dos tamanduás foi possível graças à estrutura do Hospital Ayty, uma das mais modernas do Brasil para o atendimento de animais silvestres. Com espaços adaptados para cada espécie, o hospital conta com centros cirúrgicos, laboratórios, recintos de reabilitação e uma cozinha especializada para a preparação de dietas balanceadas.

Aline Duarte, gestora do CRAS e do Hospital Ayty, ressaltou a importância do trabalho conjunto entre as instituições.

"Nosso objetivo é garantir que esses animais estejam prontos para voltar à natureza. No Hospital, eles receberam todos os cuidados necessários para a recuperação da saúde e fortalecimento físico, mas no Instituto Tamanduá eles terão a chance de desenvolver habilidades essenciais para a sobrevivência", afirmou.

Alimentação e comportamento natural

A reabilitação desses tamanduás não se resumiu a cuidados médicos. A equipe do hospital trabalhou para garantir que eles mantivessem comportamentos naturais, fundamentais para sua sobrevivência. Isso incluiu a oferta de alimentos próximos aos encontrados na natureza, como cupins e formigas.

"Buscamos cupinzeiros na mata e os oferecemos aos tamanduás para que eles mantivessem o instinto de procurar alimento. Esse tipo de adaptação é essencial para que possam se alimentar sozinhos no futuro", explicou Jordana.

O resgate de animais silvestres é um trabalho que envolve diferentes instituições, como o Corpo de Bombeiros, a PMA e o Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal (Gretap). Em casos de emergência, é fundamental que a população acione essas equipes especializadas e evite capturar animais por conta própria, pois isso pode colocar tanto o animal quanto a pessoa em risco.

 

Gustavo Escobar, Comunicação Imasul

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