A FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), subordinada à Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), implementa políticas públicas voltadas para a valorização do artesanato, promovendo a geração de emprego, inclusão social e melhoria da qualidade de vida. Ao longo do ano, diversas ações destacam a riqueza do artesanato sul-mato-grossense, promovidas por meio da Gerência de Desenvolvimento de Atividades Artesanais.
Uma das iniciativas mais importantes da Gerência é o Projeto Artesania, que oferece cursos nas áreas de gestão de negócios, inovação, design e aprimoramento de técnicas artesanais. Além disso, o projeto preserva e repassa o ofício de artesão de geração em geração, valorizando as técnicas e matérias-primas regionais.
Graças às oficinas do projeto, foram criados ou revitalizados vários núcleos de artesanato no interior do estado, o que não só fomenta a cultura local, mas também gera ocupação e renda para as famílias sul-mato-grossenses.
Em 2024, entre abril e julho, o Projeto Artesania ofereceu 13 oficinas em diversos municípios. Foram realizadas a Oficina de Argila na Cerâmica Terena, em Nioaque, atendendo 12 artesãos; a Oficina de Costura Criativa em Naviraí, com 20 artesãos; a Oficina de Design em Couro de Peixe em Mundo Novo, com 16 artesãos; e a Oficina de Design – Rota Pantanal em Miranda, Bodoquena/Porto Murtinho e Corumbá, atendendo 15 artesãos. Também houve a Oficina de Modelagem em Argila com temas do Pantanal na Festa da Linguiça de Maracaju, com 15 artesãos, e a Oficina de Crochê – Amigurumi em Ladário, com 15 artesãos.
Outras oficinas incluíram a de Design em Bordado em Ivinhema, com 14 artesãos; a de Costura Criativa em Ponta Porã, com 20 artesãos; e a de Costura Criativa em Coxim, com 15 artesãos. Além dessas, a Oficina de Acessórios de Papel em Ribas do Rio Pardo, com 11 artesãos; a de Multitécnicas em Acessórios Artesanais (macramê e sementes) em Sonora, com 13 artesãos; a de Multitécnicas em Acessórios Artesanais (macramê, argila e madeira) em Rio Verde, com 15 artesãos; e a Oficina de Crochê em Amigurumi em Itaporã, com 14 artesãos, também fizeram parte da programação.
Oficina de Fibra de Bananeira na Praça dos Imigrantes (Foto: Daniel Reino/Setesc)
Gerente de Desenvolvimento de Atividades Artesanais da FCMS, Katienka Klain destaca que o Projeto Artesania, existente desde 2007, tem como função principal incentivar a produção artesanal. “O projeto criou vários núcleos produtivos e garante a manutenção da qualidade do artesanato. É fundamental para o desenvolvimento artesanal do Estado, pois incentiva e preserva o modo de fazer sul-mato-grossense”.
Maria Emília França, uma das participantes do projeto, ministra oficinas de amigurumi, ponto cruz e macramê, e possui a Carteira do Artesão há quase 17 anos. Ela já lecionou em Ladário e Itaporã, e considera a experiência no Artesania “maravilhosa”. “Esse projeto me permite compartilhar meu conhecimento. Eu sempre quis ensinar, mas não tinha como. O Artesania fez essa conexão com quem precisa desse curso, principalmente as mães que ficam em casa e querem melhorar a situação financeira. Eu também já estive nessa posição e sei o quanto esse projeto é importante. Estou amando.”
Oficina de Bijuterias em Campo Grande (Foto: divulgação)
A artesão se emociona ao falar sobre o impacto do projeto. “Cada curso é uma emoção. Ver a alegria das meninas em confeccionar as peças é incrível. A Fundação de Cultura foi fundamental na minha vida. Quando minha filha nasceu, eu não pude mais trabalhar fora e comecei a fazer trabalhos manuais. Tirar a Carteira do Artesão me abriu muitas portas. A Fundação e o projeto Artesania estão de parabéns. Tomara que continuem pelo resto da vida. Eu nasci para ensinar e estou amando”.
Elisângela Aparecida Benagio, da Gerência de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer de Itaporã, um dos municípios beneficiados pelo projeto, relata a experiência local. “A Fundação de Cultura trouxe a oficina de crochê em amigurumi para Itaporã, e o sucesso foi enorme. As participantes amaram, e até hoje comentam e compartilham receitas. Muitas começaram a vender suas peças, o que é ótimo, pois reacendeu a paixão pelo artesanato”.
Ela também ressalta o impacto do projeto. “A oficina foi uma experiência única, que reacendeu a vontade de aprender das pessoas. A demanda por novas oficinas aumentou, o que é muito interessante. Em breve, queremos trazer mais ações do Projeto Artesania para Itaporã. É um projeto que traz esperança e capacita as pessoas para crescerem e inovarem”.
Karina Lima, Comunicação Setesc
Foto em destaque: Karina Lima
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