A Polícia Civil, através da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac/CEPOL) e da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), prendeu em flagrante duas mulheres suspeitas de terem ateado fogo em uma travesti de 31 anos no bairro Vila Carvalho, em Campo Grande. A vítima, que teve 90% do corpo queimado, continua internada no hospital Santa Casa em estado gravíssimo.
O incidente ocorreu na manhã do último domingo, dia 19 de janeiro, após uma discussão entre as partes envolvidas em uma boate que é conhecida por ser frequentada por garotas de programa e transexuais na cidade. Conforme relatado no boletim de ocorrência, todas as pessoas envolvidas atuam na prestação de serviços sexuais e tiveram um desentendimento na madrugada, o que resultou na expulsão das autoras do local devido à confusão gerada.
Irritadas com o ocorrido, as suspeitas foram até um posto de combustíveis, onde compraram um galão de gasolina, e se dirigiram à residência da travesti. Ao chegarem, chamaram pela vítima e, quando ela se aproximou do portão, despejaram a gasolina sobre seu corpo e atearam fogo em seguida.
As duas autoras foram detidas na madrugada desta segunda-feira, dia 20 de janeiro, após populares informarem à delegada plantonista sobre o paradeiro delas. Elas foram localizadas por uma equipe que incluía a delegada e um investigador, com o apoio de outros investigadores da DHPP, em uma pensão destinada a transexuais no bairro Amambaí.
As suspeitas foram autuadas pelo crime de homicídio qualificado, com base em motivo fútil e uso de fogo, na forma tentada, conforme os artigos 121, § 2º, II e III, em conjunto com o artigo 14, II, do Código Penal. Neste momento, elas se encontram na Unidade Policial, aguardando a audiência de custódia.
Infelizmente, a travesti Pâmela Myrela, de 31 anos, faleceu na manhã desta terça-feira, dia 21 de janeiro, na Santa Casa de Campo Grande. Ela estava internada desde a madrugada do dia 19, após ter seu corpo incendiado no bairro Vila Carvalho. Natural de Trindade, Goiás, Pâmela havia se envolvido em uma discussão em uma boate com as duas suspeitas. Depois de deixar o local, as autoras foram ao posto de gasolina, compraram combustível e se dirigiram à casa da vítima, onde realizaram o ataque.
O caso continua sob investigação, e a mãe da vítima, ao tomar conhecimento do ocorrido, deixou a cidade onde residia em Goiás e se deslocou para o Mato Grosso do Sul em busca de informações sobre sua filha.
Participe do nosso canal no WhatsApp
Clique no botão abaixo para se juntar ao nosso novo canal do WhatsApp e ficar por dentro das últimas notícias.
Participar