Na madrugada de segunda-feira, 4 de setembro, um violento incidente ocorreu em uma residência localizada na Rua Santa Branca, no bairro Jardim Moçambique, em Três Lagoas. O episódio envolveu um homem de 32 anos, que foi esfaqueado por sua esposa, também com 32 anos, em uma situação que exigiu rápida intervenção médica e policial.
De acordo com relatos da polícia, o casal estava junto há cerca de seis anos. Na noite do ataque, eles haviam retornado para casa após um dia comum. O homem, em um gesto de devoção, decidiu se ajoelhar para rezar e convidou a esposa a se juntar a ele em um momento de oração. O ato, que poderia ser visto como uma tentativa de fortalecer laços espirituais, acabou desencadeando uma séria discussão.
A esposa reagiu negativamente ao convite para a oração, expressando sua insatisfação de maneira contundente. Ela criticou o companheiro, afirmando: “Quem é você para estar aí falando de orar, faz monte de coisa errada.” A resposta dela, carregada de ressentimento, sugeriu que havia problemas de comunicação e ressentimentos acumulados no relacionamento, fatores que muitas vezes precedem episódios de violência.
Apesar da crítica, o homem continuou a oração, aparentemente ignorando a hostilidade da esposa. Ao finalizar seu momento de devoção, ele se levantou e, em um gesto que pretendia ser uma benção, colocou as mãos sobre a cabeça da mulher e disse: “Está repreendido em nome de Jesus.” Contudo, essa atitude acabou por irritar ainda mais a esposa. Sentindo-se provocada, ela se dirigiu à cozinha, pegou uma faca e retornou à sala.
Em um ato impulsivo, a mulher atacou o marido, desferindo dois golpes em seu abdômen. O ataque foi repentino e violento, deixando o homem gravemente ferido. Ele imediatamente começou a sentir os efeitos da hemorragia e, em questão de minutos, a situação se tornou crítica. A mulher, após agir, parece ter ficado em choque diante do que havia feito.
Diante da gravidade da situação, o homem foi rapidamente socorrido por amigos ou vizinhos que estavam próximos, que chamaram uma ambulância. Ele foi levado com urgência para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. Os profissionais de saúde que o atenderam encaminharam o paciente para avaliação imediata por conta dos ferimentos profundos que apresentava.
Na UPA, os médicos realizaram os primeiros socorros, mas devido à severidade das lesões e à hemorragia grave que o homem enfrentava, foi necessário transferi-lo para um hospital, onde ele passou por uma cirurgia de emergência. A intervenção cirúrgica foi crítica para salvar sua vida, e ele precisou ser monitorado de perto durante o processo de recuperação inicial.
Paralelamente, a Polícia Militar foi acionada para a ocorrência e chegou ao local do incidente após o homem ter sido levado. Ao serem informados sobre o que havia acontecido, os policiais foram até a residência, onde encontraram a mulher. Ela foi abordada e, diante da gravidade das circunstâncias, foi presa em flagrante. A esposa foi encaminhada para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (DEPAC) de Três Lagoas, onde permaneceu à disposição da Justiça.
Esse incidente não apenas deixou marcas físicas no homem, mas também evidenciou as complexidades emocionais e psicológicas presentes em relacionamentos que podem levar a atos de violência. A situação ressalta a importância de lidar com conflitos de maneira saudável e de buscar ajuda quando necessário. A violência doméstica é muitas vezes o resultado de tensões não resolvidas, e este caso é um triste lembrete da necessidade de maior conscientização e suporte para aqueles que podem estar vivendo em ambientes hostis.
O casal, que ao longo de seis anos enfrentou diversos desafios, agora se vê em uma situação extrema que pode ter consequências irreversíveis. A sociedade observa, mais uma vez, a necessidade de diálogos abertos sobre violência doméstica, e a urgência de recursos que ajudem a prevenir tais tragédias no futuro.
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