A gatinha ‘Júlia’ que foi abusada, teve que passar por eutanásia. A felina foi vítima de abuso sexual, resultando em ferimentos graves, e a única opção foi sacrificá-la para aliviar seu sofrimento. Sua tutora, ainda em estado de choque, relembra a dor de encontrar Julia em tal estado
A suspeita é de que o mesmo homem que invadiu a casa para furtar alimentos, também tenha sido responsável pelo abuso contra a gatinha.
“Julia pode não estar mais entre nós, mas seu espírito vive como um símbolo de amor e resistência. Que sua história inspire a todos nós a sermos melhores defensores dos direitos dos animais, para que casos como o dela não aconteçam mais em nossa sociedade”, afirmou a tutora da gata.
Repúdio da Comissão de Direitos dos Animais da OAB
A Comissão de Direito dos Animais da OAB de Dourados informou que o crime se enquadra no Art. 32, §1º-A da Lei de Crimes Ambientais, que penaliza qualquer indivíduo que praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais domésticos (cães e gatos) em até 5 anos de reclusão, multa e, caso seja o tutor, a perda da guarda. Como houve a eutanásia da gata, a pena ainda pode ser aumentada de 1/6 a 1/3, conforme leciona o §2º do mesmo dispositivo legal.
A Comissão também disse repudiar veementemente o ato cruel cometido contra o animal.
Caso
Julinha, uma gatinha indefesa, foi abusada dentro na casa da sua tutora no bairro João Paulo II, em Dourados, a 221 quilômetros de Campo Grande, na quarta-feira (28).
Segundo o site Dourados News, um homem denunciou o furto de alimentos do imóvel onde reside a mãe dele. Na mesma ocorrência, o homem falou sobre o abuso sexual contra o animal de estimação da proprietária da casa.
Para a polícia, a mulher disse que chegou à residência e encontrou a gata de nome Julinha com sangramento na genitália. A felina estava molhada e se apresentava ‘arisca’.
Tentando descobrir o que teria ocorrido, a dona a levou para um médico veterinário que constatou potencial situação de maus-tratos.
Conforme topmidianews, o laudo realizado pelo responsável da clínica, foi evidenciado ‘numerosas escoriações e hematomas, destacando-se, sobretudo, na região posterior, onde a genitália (vagina e ânus) exibia sinais de profuso sangramento e mutilação’, conforme cita parte do documento que o jornal teve acesso.
No mesmo atestado emitido pelo médico, é relatado que essas ocorrências sugerem maus-tratos, ‘incluindo potencial abuso sexual, perpetrado por meio de um objeto ou órgão genital com circunferência superior à que o referido animal desta espécie poderia tolerar’.
A suspeita é que o ato tenha sido cometido pela mesma pessoa que invadiu a casa e levou os produtos alimentícios.
O responsável poderá responder por praticar abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos, se ocorre morte do animal, além do furto de alguns pacotes de carne do interior da geladeira do imóvel.
O caso foi denunciado no 2º Distrito Policial de Dourados e será investigado.
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