O Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul continua sua batalha para conter e extinguir os incêndios florestais que atingem o Pantanal. O trabalho, que está em seu 95º dia, é realizado em parceria com forças federais, como brigadistas do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), Força Nacional e Forças Armadas, tanto agentes em solo como com equipamentos.
O panorama no bioma segue repleto de dificuldades, principalmente pela condição climática adversa após uma semana em que o tempo foi favorável com aumento de umidade e redução do calor. Os fortes ventos, que mudam de direção rapidamente, têm dificultado significativamente as operações.
As rajadas superiores a 30 km/h contribuem para a reignição de chamas em áreas já afetadas. Não há perspectiva de melhora meteorológica nos próximos dias, conforme a previsão do tempo.
Pontos críticos
No norte de Corumbá, especificamente na região do Porto Sucuri e Paraguai Mirim, as equipes conseguiram controlar todos os focos ativos, concentrando-se agora em ações de rescaldo e monitoramento contínuo. No entanto, áreas como Pantanal do Nabileque e Nhecolândia, ao sudeste da cidade, enfrentam desafios persistentes, uma soma de ventos e vegetação densa.
O foco mais preocupante atualmente está próximo ao Buraco das Piranhas, na região do município de Miranda, onde três pontos ativos têm desafiado os esforços de contenção. O trabalho noturno proporcionou algum progresso, mas a situação continua delicada.
Lá também atuam aeronaves Air Tractor, do Corpo de Bombeiros, e a KC-390 da Força Aérea, além de helicópteros da frota da CGPA (Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo. Esses instrumentos auxiliam no reconhecimento, monitoramento e resfriamento dos pontos quentes. O trabalho se concentra principalmente em linhas de proteção avançadas para evitar que as chamas se aproximem da áreas compreendida pelo Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro.
Já a sudeste de Corumbá, na região do Rio Abobral, existem dois focos ativos que estão sendo monitorados pelas equipes presentes no local. Após sobrevoo do helicóptero da Marinha, foram verificados pontos de fumaça dentro da área queimada nessa região, além do foco ilhado entre o rio Paraguai e a área queimada, que já havia sido identificado anteriormente.
As guarnições seguem realizando vigilância, monitoramento e controle dos pontos de calor presentes nessas áreas a fim de evitar reignição das chamas.
A operação mobiliza um grande contingente de recursos humanos e materiais. Cerca de 92 bombeiros militares sul-mato-grossense estão envolvidos diretamente no combate ao fogo, apoiados por 64 militares da Força Nacional, além de agentes do Ibama, ICMBio e brigadistas do PrevFogo.
Comunicação Governo de MS
Foto: Álvaro Rezende
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