O delegado Ciro Jales, responsável pelas investigações do feminicídio de Karina Corin, de 29 anos, ocorrido em Caarapó, afirmou nesta terça-feira (4 de fevereiro) que Renan Dantas Valenzuela, ex-namorado da vítima, premeditou o crime, que foi movido por ciúmes e a rejeição ao fim do relacionamento.
Karina foi alvo de dois disparos na cabeça dentro de sua loja de acessórios para celular no último sábado (1 de fevereiro), falecendo na madrugada de hoje na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital da Vida. A tragédia não se limitou a ela; sua amiga, Aline Rodrigues, de 31 anos, que também estava presente no local e foi ferida, e o próprio autor do crime, Renan, também perderam a vida. Aline sucumbiu horas após o ataque, enquanto Renan cometeu suicídio ao atirar contra si mesmo.
Veja o depoimento do Delegado responsável pelo caso acontecido em Caarapó-MS:
“O andamento das investigações revelou que Renan não aceitava o término do relacionamento com Karina e se mostrava incomodado com a presença de suas amigas na loja. Ele monitorava as câmeras de segurança em tempo real e se sentia perturbado com a interação dela com outras pessoas”, destacou o delegado Ciro Jales.
Além disso, o delegado informou que Karina havia registrado um boletim de ocorrência na sexta-feira (31 de janeiro), solicitando uma medida protetiva contra o ex-namorado. No entanto, a notificação judicial não foi realizada a tempo. “Infelizmente, não houve um prazo adequado para que a justiça intimasse o agressor sobre as medidas. Horas depois, ele cometeu um ato brutal contra as duas vítimas”, lamentou.
Ciro Jales também revelou que Renan utilizou uma arma pertencente ao pai, que é policial militar. “A arma estava guardada na residência do policial, e Renan obteve acesso a ela sem permissão”, explicou.
Karina Corin se tornou o primeiro caso de feminicídio registrado em Mato Grosso do Sul em 2025, levantando um importante alerta sobre a necessidade de denúncia e busca de apoio diante de indícios de violência.
“Instamos todas as mulheres que enfrentam situações semelhantes a procurarem ajuda o mais rápido possível. Existe uma rede de apoio disponível para atendê-las e prevenir tragédias como esta”, concluiu o delegado.
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