Em uma eleição marcante e cheia de expectativa, Donald Trump, de 78 anos, foi projetado como o próximo presidente dos Estados Unidos ao garantir a maioria dos votos no Colégio Eleitoral, segundo dados da Associated Press (AP). Essa projeção, tradicionalmente aceita como indicativa do desfecho final, torna Trump o 47º presidente dos EUA, com o apoio de uma maioria republicana no Congresso, o que abre caminho para grandes mudanças na política nacional.
A AP divulgou sua projeção na manhã desta quarta-feira (6), pouco após Trump assegurar uma margem segura no Colégio Eleitoral, o que impossibilita uma virada da candidata democrata, Kamala Harris, ainda que a apuração dos votos continue em andamento. A vitória reacendeu o protagonismo de Trump no cenário mundial, sendo seguido por cumprimentos de diversos líderes globais e celebrações de apoiadores na Flórida.
Primeiro discurso e promessas para o futuro
No discurso que marcou sua projeção como presidente eleito, Trump falou a uma multidão em Palm Beach, reiterando compromissos com a segurança e prosperidade da nação. Com uma fala de união, garantiu que seu governo se dedicará a honrar as promessas feitas ao povo americano, adotando o lema "promessas feitas, promessas cumpridas".
Trump enfatizou temas centrais de sua campanha, como o endurecimento nas políticas de imigração e segurança de fronteiras, uma reforma tributária que visa reduzir o déficit e a criação de um ambiente econômico favorável aos investimentos. Chamando essa nova fase de "era dourada da América", ele expressou otimismo em relação ao novo governo, destacando o compromisso de sempre colocar os interesses dos EUA em primeiro lugar.
Um processo eleitoral distinto
Diferentemente de muitos países, os Estados Unidos não possuem um órgão eleitoral centralizado; cada estado é responsável pela própria apuração. Esse modelo, somado ao sistema de Colégio Eleitoral, permite que projeções confiáveis, como as da AP, antecipem o resultado antes do término oficial da contagem. Com 178 anos de tradição, a AP é considerada uma das principais fontes de contagem nas eleições americanas, e suas projeções são amplamente respeitadas como indicativas do vencedor.
Repercussão mundial e apoio interno
A reação internacional foi imediata, com diversos líderes mundiais enviando saudações a Trump, que retoma o protagonismo como uma figura central da política global. Em território americano, Trump agradeceu aos eleitores, especialmente dos estados decisivos, onde sua votação expressiva também garantiu uma vitória no voto popular — um feito que reforça sua base de apoio e sua mobilização nacional.
Ainda durante a madrugada, com 267 delegados já projetados pela AP, Trump subiu ao palco em um resort de luxo na companhia de sua família e do vice-presidente eleito, o senador J.D. Vance. Quando os 277 delegados foram finalmente alcançados, a confirmação foi recebida com euforia pelos apoiadores e trouxe grande alívio para os republicanos, que também retomaram o controle do Senado após quatro anos.
Compromissos e objetivos
Trump reafirmou compromissos com corte de impostos, impulsionamento do crescimento econômico e endurecimento das políticas de imigração. A promessa de “fechar as fronteiras” vai ao encontro do desejo de seus eleitores por uma postura mais rigorosa em relação à imigração. Além disso, ele destacou a importância de unir a nação, agradecendo ao vice J.D. Vance e elogiando Elon Musk, que se tornou um aliado notável nas redes sociais e no setor tecnológico.
Outro lema reafirmado por Trump foi “América em primeiro lugar”. Ele prometeu aos americanos que não medirá esforços para restaurar a prosperidade e segurança do país e garantiu que está preparado para iniciar uma era em que os interesses nacionais estarão sempre em primeiro plano, tanto interna quanto externamente.
Cenário político e legado de Trump
A vitória de Trump marca um ponto importante para o movimento conservador nos EUA, consolidando a influência republicana nos próximos anos e garantindo um governo que atenderá às demandas de sua base. A presença republicana no Senado e na Câmara dá segurança para aprovar medidas e reformas alinhadas com as promessas de campanha.
Kamala Harris, sua adversária, deve fazer um discurso nesta quarta-feira para reconhecer o resultado e se comunicar com seus eleitores. A intensa disputa entre ambos ilustrou a polarização política no país e o desejo de mudança por parte de uma grande parcela do eleitorado.
Com o compromisso de revitalizar a economia e a promessa de uma “era dourada”, Trump assume o cargo em 20 de janeiro de 2025. Ele inicia esse novo mandato com o desafio de unir uma nação politicamente dividida, mas com o apoio de uma base sólida e de um Congresso favorável. A expectativa é alta para as transformações prometidas e o impacto que essas mudanças trarão nos próximos quatro anos, rumo a uma América “grande novamente”.
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