Para garantir o fornecimento de água adequado à população indígena que vive na reserva formada pelas aldeias Jaguapiru e Bororó, em Dourados, o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul atua com ações efetivas para a solução definitiva do caso. A reserva é a maior em contexto urbano do país, e abriga mais de 20 mil indígenas das etnias Guarani, Kaiowá e Terena.
Além de manter o abastecimento com uso de caminhões-pipa que mantêm os reservatórios cheios, as moradias que estão com o fornecimento interrompido recebem água conforme a necessidade, garantindo que nenhuma casa fique desabastecida. O trabalho local é realizado pela Defesa Civil, que vai em cada casa com o apoio dos agentes indígenas de saneamento, e o fornecimento de água para os reservatórios é realizado pela Sanesul. Também foram perfurados dois poços, um em cada aldeia, com a instalação dos respectivos reservatórios.
“A questão da água já vem sendo discutida desde 2023, quando o Governo do Estado mesmo não tendo a competência para tal gestão, se propôs a fazer o estudo e a elaboração do projeto para uma solução definitiva. Eu acredito que essa união de esforços está escrevendo uma nova história na vida dessas pessoas, que poderão viver com mais dignidade e com os seus direitos garantidos”, disse a secretária da Cidadania, Viviane Luiza.
Idemir Cavalheiro, mora na área com a esposa e dois filhos, e até quatro anos atrás a casa da família recebia água diretamente da rede. Atualmente, ele e outras famílias que convivem com questões relativas a falhas no abastecimento contam com o trabalho realizado pelo Governo do Estado para garantir o fornecimento adequado de água.
“A água está chegando, é de grande ajuda pra gente. Toda semana recebemos e não está faltando nada”, confirmou Cavalheiro enquanto recebi o abastecimento realizado pela Defesa Civil, diretamente na caixa d’água instalada no terreno onde a família dele vive.
O fornecimento nas residências, que ainda registram falhas para receber água diretamente da rede, é um dos trabalhos realizado pelo Governo do Estado, com o apoio da Defesa Civil, Sanesul e SEC (Secretaria de Estado da Cidadania).
Para garantir que as famílias recebam água de maneira adequada, as lideranças indígenas organizaram uma comissão para obter informações diárias da situação. “A gente trabalha em conjunto para fazer esse levantamento dentro da comunidade. Nossa função é fiscalizar os prazos que foram determinados para a conclusão do projeto”, disse Atanaze Correia, membro da comissão da água da aldeia Jaguapiru.
O sistema de fornecimento de água foi instalado na aldeia Jaguapiru (1 e 2) em 1997, e de acordo com o agente indígena de saneamento, Edemir Machado – que atua na função há 17 anos –, a principal questão que envolve o problema de falha no abastecimento é o aumento populacional no período e também a falta de manutenção da rede.
“O sistema está ultrapassado e não consegue mais suprir a demanda, a população cresceu. São 269 quilômetros de rede e algumas casas não tem ligação. Hoje, pelo apoio e esforço que temos do Governo do Estado, tudo está dando certo, tem o caminhão-pipa e várias equipes que dão apoio”, explicou Machado.
Com o esforço de todos os envolvidos, o abastecimento ocorre em toda a aldeia e apenas alguns problemas pontuais – e rapidamente resolvidos – são registrados.
Na aldeia Bororó, a água é entregue pelas equipes de agentes indígenas de saneamento e da Defesa Civil, mesmo nas casas onde os moradores não estão presentes.
“A gente tem um planejamento e a distribuição é feita três vezes na semana, sem interrupção. Em algumas situações não tem pressão para a agua chegar nas casas. Atendemos em média 28 casas por dia”, explicou Rosenildo Morales, agente indígena de saneamento na aldeia Bororó.
A Sanesul fornece quatro caminhões-pipa por dia, dois para cada aldeia, que resultam em aproximadamente 32 mil litros de água tratada diariamente.
Em novembro do ano passado, o Governo do Estado mediou e contribuiu para resolver o problema da falta de água na Reserva Indígena de Dourados. O trabalho com órgãos federais, lideranças indígenas e municipais fez a diferença na busca de soluções às comunidades e resultou na construção de novos poços de captação de água potável e ofertada dos caminhões-pipa diariamente nas aldeias até que a conclusão da obra.
O Estado cumpriu o planejamento de perfurar dois poços na reserva para captar água potável nas aldeias Jaguapiru e Bororó, obra que recebeu investimento de aproximadamente R$ 490 mil.
O Governo Federal se comprometeu a disponibilizar R$ 2 milhões para perfuração de quatro poços, definidos a partir de estudos a serem elaborados em dezembro do ano passado, e também disponibilizar mais R$ 2 milhões para o abastecimento de água da RID Dourados.
Natalia Yahn, Comunicação Governo de MS
Fotos: Saul Schramm
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