Amigos e familiares lamentam a perda de Noemy Gonçalves de Moura Leal, de 41 anos, que morreu na tarde do domingo de Páscoa (31), após ser atingida por um raio enquanto pescava com a família, em Corumbá, cidade a 429 km de Campo Grande.
Nas redes sociais, parentes mais próximos, como filho e nora, trocaram a foto de perfil por luto. “Não acredito ainda! Minha mana Querida”, escreveu a irmã da vítima, Noely Moura.
Conforme o midiamax, alguns sobrinhos também comentaram sobre o caso e todos estão abalados, afirmando não acreditar ainda em como tudo aconteceu.
“Não consigo acreditar, minha amiga”, comentou Kelly Velasquez. “Meu Deus que tragédia era uma ótima pessoa, chegamos a estudar na mesma turma lamentável que Deus conforte todos familiares”, escreveu Gilmar Ribeiro.
“Que tristeza! Mas é uma fatalidade da natureza, meus sentimentos a família”, comentou Laura Catarina.
Fatalidade
Noemy pescava com amigos e familiares em uma pousada da cidade quando o tempo fechou. Houve trovões e, em seguida, caiu um raio em uma árvore. A mulher estava próximo dessa árvore e foi lançada para longe.
Um médico que também estava na pousada fez os primeiros socorros e massagem cardíaca até a chegada da equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas a mulher morreu.
Peão também morreu após queda de raio
O peão de rodeio, Leonardo Moreira de Paula, 33 anos, morreu na quinta-feira (21) em Água Clara, ao receber uma descarga elétrica durante o temporal. Ele estava na companhia da mãe.
Informações são de que Leonardo estava na sala com seu telefone carregando e usando o aparelho ao mesmo tempo. Foi quando ele recebeu uma descarga elétrica e acabou morrendo.
Descargas elétricas
Dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostram que o Brasil registra 78 milhões de raios todos os anos e que Mato Grosso do Sul está entre os três Estados com maior incidência de raios do país.
A fatalidade levanta o alerta em relação aos mitos e verdades sobre os cuidados durante uma tempestade. Cartilha disponibilizada pelo Inpe esclarece algumas das principais dúvidas sobre situações que podem atrair descargas elétricas e informa o que é necessário fazer para ficar protegido.
Espelho atrai raios?
Segundo especialistas, a crença é, na verdade, lenda que surgiu em um período em que os espelhos tinham grandes molduras metálicas – e elas, sim, atraem raios. Desvendado o mito, já não há necessidade de cobrir espelhos durante tempestades.
Um raio não atinge duas vezes o mesmo local?
Ditado popular, sem qualquer fundamento científico. Um dos exemplos apontados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais é o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, que recebe cerca de seis descargas elétricas por ano.
Árvores atraem raios, ou nos protegem deles?
As maiores incidências de raios ocorrem em áreas rurais e uma das recomendações é não se abrigar próximo de árvores, portanto, elas não protegem e ainda colocam em risco a vida de quem procura abrigo debaixo delas.
Pode tocar em uma pessoa atingida por raio?
Sim. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, a vítima de descarga elétrica não armazena energia, ou seja, pode ser tocada e deve ser ajudada imediatamente.
Estamos protegidos em prédios com para-raios?
Isso depende de seguir as orientações. O para-raios protege a estrutura das edificações, no entanto, quando um raio atinge o sistema de proteção tipo Franklin – comum na maioria dos prédios comerciais e residências – são induzidas correntes elétricas pela fiação e, por isso, é necessário evitar contato com a rede elétrica e telefônica.
O que precisamos evitar?
Ainda de acordo com o Inpe, a probabilidade média de uma pessoa morrer atingida por um raio no Brasil ao longo de toda a sua vida é de um em 25 mil, considerando o tempo de vida de 75 anos, porém, o risco aumenta de um em mil, dependendo da circunstância da pessoa durante a tempestade.
Cartilha do Inpe afirma que é necessário evitar equipamentos elétricos ligados à rede elétrica ou ficar perto de tomadas; falar ao telefone com fio ou utilizar celular conectado ao carregador; tomar banho em chuveiro elétrico; ficar próximo a janelas e portas metálicas; ficar próximo à rede hidráulica (torneiras e canos).
O que não fazer?
Permanecer dentro da água; caminhar às margens da água na faixa de areia, calçadão, beira de rio ou piscina; permanecer embaixo de guarda-sol, tendas e quiosques; ficar próximo a embarcações atracadas; realizar atividades de pesca navegando em embarcações ou na beira da água.
Como se proteger?
• Entre em um veículo não conversível e feche as portas e vidros e evite contato com a lataria.
• Entre em moradias ou prédios, mantendo distância das redes elétrica, telefônica e hidráulica, de portas e janelas metálicas.
• Entre em abrigos subterrâneos, como metrôs ou túneis. Caso não haja abrigo seguro, afasta-se de qualquer ponto mais alto e de objetos metálicos, mantenha os pés juntos e agache-se até a tempestade passar. Não fique deitado.
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