Menu
FARMÁCIA_CENTROFARMA_FULL
terça, 26 de novembro de 2024
FARMÁCIA_CENTROFARMA_FULL
Busca
Busca
RESTAURAÇÃO

Com 270 mil mudas no parque estadual do Rio Taquari, MS realiza maior projeto de restauração

A previsão é de que a vegetação típica do Cerrado, aos poucos, vai começar a se erguer na área

11 Mar 2024 - 14h17Por Comunicação Governo de MS

Para restaurar aproximadamente 6 mil hectares anexados ao Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari - com área total de 30.618 hectares -, na região norte de Mato Grosso do Sul - entre os municípios de Alcinópolis e Costa Rica -, o Governo do Estado vai plantar mais de 270 mil mudas como parte do projeto "Sementes do Taquari". A ação, realizada pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), é o maior projeto de restauração de unidade de conservação do Brasil.

A previsão é de que a vegetação típica do Cerrado, aos poucos, vai começar a se erguer na área. A iniciativa ambiciosa divide-se em etapas distintas e conta com apoio de várias empresas parceiras em cada uma delas. A primeira providência foi executar ações de conservação do solo, que incluem terraceamentos e correção de voçorocas, de acordo com informações do geógrafo Rômulo Oliveira Louzada, um dos responsáveis técnicos pelo projeto. Nessa etapa as empresas parceiras que custearam os serviços foram a Ômega Energia e a Restaura Spaço Engenharia.

No total, 29 voçorocas que comprometem aproximadamente 40 hectares serão recuperadas. Equipes de campo plantam sementes nas voçorocas para conter a perda de sedimentos. Louzada explica que as voçorocas são geralmente causadas pela combinação de chuvas intensas, falta de cobertura vegetal e práticas inadequadas de manejo do solo, resultando em um processo de erosão severa que pode levar à degradação do ambiente e à perda de terras férteis.

A etapa seguinte consiste no plantio das mudas, o que é feito pela ONG (organização não governamental) Oreades, custeada pelas empresas Cargil, ATVOS e Adecoagro. Durante o verão foram plantadas 70 mil mudas na área que recebeu o tratamento do solo e até o fim do ano, e a previsão é de que sejam plantadas mais 200 mil mudas. “São espécies do Cerrado como ipê, balsamo, angico, aroeira, sendo que 20% são plantas frutíferas para alimentar os animais silvestres, entre elas o baru, pequi, jenipapo, jatoba”, explicou Louzada.

Ao todo, o projeto pretende restaurar 6 mil hectares ocupados por pastagens e integrados recentemente ao parque com o plantio de 2 milhões de árvores. “Um projeto dessa magnitude presta uma série de serviços ambientais impossíveis de serem avaliados, como o aumento da biodiversidade, a melhora da saúde do solo e recarga dos aquíferos, além de fortalecer as relações institucionais entre o poder público, a iniciativa privada e a sociedade na busca por soluções viáveis para problemas ambientais”, pontuou o geógrafo.

Monitoramento

Primeira amostra dos benefícios que o projeto traz à natureza foram registradas em armadilhas fotográficas instaladas na área que é recuperada. Dezenas de espécies foram flagradas transitando pela região - durante o dia e a noite (a maior parte) -, como antas, catetos, lobinhos, mão-peladas, tamanduás e até onças pardas.

As armadilhas fotográficas consistem em uma câmera fotográfica que é ativada a partir de sensores de movimento. Elas são instaladas em campo e, quando um animal passa na frente, fotos ou vídeos são registrados. “Através dessa técnica é possível saber quais animais mamíferos de médio e grande porte vivem na região estudada e quais seus hábitos. Vamos comparar também a presença de fauna em diferentes estágios de restauração e de áreas com e sem intervenção”, explicou a analista de biodiversidade do Imasul, Bruna Gomes de Oliveira.

O projeto transformou o espaço sob intervenção em um imenso laboratório ao ar livre. Além de acompanhar o processo regenerativo do solo e da vegetação e estudar os hábitos da fauna, a diversidade de peixes também é monitorada nos córregos e rios da região. O objetivo é registrar as mudanças que a restauração causará na diversidade de peixes, uma vez que a presença de cardumes funciona como importante bioindicador da qualidade ambiental.

Dessa forma, a qualidade da água dos corpos hídricos presentes também é monitorada, com pontos de amostragem que passaram a integrar o programa de 'Monitoramento da Qualidade das Águas', executado pelo Imasul.

Por fim, uma técnica moderna de monitoramento da paisagem acústica terrestre (som do ambiente externo) será utilizada para avaliar a heterogeneidade sonora de pontos específicos com o objetivo de comparar áreas nativas, áreas degradadas e áreas em restauração, do ponto de vista sonoro. O método também permite verificar a presença de espécies de aves de maneira indireta no ambiente, otimizando os recursos para trabalhar com as espécies.

Conecte-se conosco via WhatsApp!

Acesse o link abaixo e faça parte do nosso grupo VIP no WhatsApp para não perder nenhuma novidade.

Acessar Grupo VIP

Leia Também

Alívio para familiares após localização do corpo no Rio Dourados: Angústia chega ao fim
Angústia nas margens do Rio Dourados: familiares e populares esperam por respostas
Dudu Nobre encerra edição de 2024 do MS ao Vivo com samba e celebração à Consciência Negra
Tempo
Semana começa com tempo quente e seco em MS, mas com possibilidade de chuva a partir de quinta-feira
Dia Nacional do Doador de Sangue é oportunidade para aumentar estoques do Hemosul

Mais Lidas

FÁTIMA DO SUL - AFOGAMENTO
Homem desaparece no Rio Dourados ao salvar criança em princípio de afogamento
GLÓRIA DE DOURADOS DE LUTO
Jovem morta em acidente é identificada e amigos se despedem nas redes sociais em Glória de Dourados
Policial
Jovem de aproximadamente 20 anos morre em grave acidente na Rua da Cassava, em Glória de Dourados
VICENTINA DE LUTO
Vicentina se despede de Gilmar de Souza Gonçalves, Paz Oliveira informa sobre velório e sepultamento
Policial
Corpo de Bombeiros intensifica buscas no Rio Dourados em Fátima do Sul