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Saúde e História

O pão mofado e a origem da Penicilina: A medicina egípcia e a revolução dos antibióticos

8 Fev 2025 - 10h20Por Dhione Tito / Jornal Fátima News

Muito antes do surgimento da medicina moderna, os antigos egípcios já possuíam métodos surpreendentes para tratar infecções. Entre as práticas utilizadas estava o uso de pão mofado sobre feridas infectadas, uma técnica registrada em papiros médicos e passada de geração em geração. No entanto, ninguém compreendia exatamente por que esse tratamento parecia funcionar. Somente cinco mil anos depois, em 1928, a ciência moderna desvendaria esse mistério com a descoberta da penicilina por Alexander Fleming.

Egito Antigo: Conhecimento e Cura

O Egito Antigo se estendia ao longo do Rio Nilo, uma região fértil em meio ao deserto. As condições geográficas favoráveis permitiram o florescimento de uma das civilizações mais avançadas da Antiguidade, com conhecimentos sofisticados em diversas áreas, incluindo a medicina. Os egípcios acreditavam que a saúde estava relacionada não apenas ao corpo, mas também aos deuses e ao equilíbrio entre os vivos e os mortos.

A medicina egípcia era altamente desenvolvida e baseada em uma combinação de observação prática, crenças religiosas e tratamentos naturais. Pesquisas arqueológicas revelaram papiros médicos detalhando procedimentos e remédios utilizados há milênios. Entre os mais conhecidos estão:

  • Papiro de Ebers (1550 a.C.) – Contém fórmulas para tratar diversas doenças.
  • Papiro de Edwin Smith (circa 1600 a.C.) – O mais antigo tratado cirúrgico conhecido.Painéis VI e VII do Papiro Edwin Smith, em exposição na Academia de Medicina de Nova Iorque.
  • Papiro de Hearst (circa 1550 a.C.) – Inclui receitas médicas e tratamentos para enfermidades.

Os nomes dos papiros muitas vezes se referem às cidades onde foram encontrados ou aos pesquisadores que os descobriram. Esses documentos mostram que os egípcios possuíam um conhecimento notável sobre anatomia e doenças, registrando até mesmo tratamentos eficazes para infecções.

O Papel do Pão Mofado na Medicina Egípcia

Nos papiros médicos, há registros do uso de substâncias naturais para tratar feridas e doenças, incluindo emplastros feitos com pão mofado. Os egípcios perceberam que aplicar esse tipo de substância sobre cortes e infecções ajudava na recuperação, embora não compreendessem o mecanismo por trás desse efeito.Reprodução feedobem

Hoje sabemos que o pão, quando apodrece, desenvolve um fungo chamado Penicillium, responsável pela produção da penicilina, um dos antibióticos mais importantes da história. Ou seja, os egípcios, sem o conhecimento científico que temos atualmente, já utilizavam um método rudimentar de tratamento antimicrobiano.

A Descoberta da Penicilina

Somente em 1928, o cientista britânico Alexander Fleming descobriu acidentalmente a penicilina ao notar que um fungo do gênero Penicillium inibia o crescimento de bactérias em sua cultura de laboratório. Essa observação abriu caminho para a criação do primeiro antibiótico da história, revolucionando a medicina e salvando milhões de vidas.

Nos anos 1940, a penicilina começou a ser amplamente produzida e utilizada no tratamento de infecções bacterianas. Durante a Segunda Guerra Mundial, sua aplicação foi crucial para tratar soldados feridos, reduzindo drasticamente o número de mortes por infecções.

A Importância da Penicilina e dos Antibióticos

Os antibióticos são substâncias capazes de inibir o crescimento ou destruir micro-organismos, sendo essenciais no tratamento de diversas doenças bacterianas. A penicilina, em particular, age impedindo a formação da parede celular das bactérias, levando à sua destruição.

Ela é utilizada no tratamento de:

  • Infecções respiratórias (amigdalites, faringites, sinusites)
  • Pneumonias
  • Infecções de pele
  • Meningite bacteriana
  • Sífilis
  • Endocardite bacteriana

No entanto, assim como qualquer medicamento, a penicilina pode causar efeitos colaterais, como reações alérgicas, choque anafilático e problemas gastrointestinais.

O Legado da Medicina Egípcia

A medicina egípcia influenciou profundamente outras civilizações, incluindo gregos e romanos. O conhecimento adquirido pelos egípcios sobre anatomia, farmacologia e tratamentos naturais foi preservado em papiros e, de certa forma, antecipou descobertas médicas feitas milhares de anos depois.

A história do pão mofado como tratamento contra infecções mostra como a observação empírica dos antigos egípcios já indicava caminhos para o desenvolvimento da ciência médica. Hoje, a penicilina e outros antibióticos são fundamentais para a saúde pública, provando que a medicina é uma construção contínua de conhecimento ao longo dos séculos.

 

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