Sites de cultura, arte e sociedade estão dedicando textos, artigos e ensaios para celebrar o trabalho de um dos maiores cineastas do mundo: Federico Fellini. O italiano estaria completando 100 anos e 2020, e a data é motivo para retomar a discussão sobre um dos grandes nomes da sétima arte.
O El País, por exemplo, publicou um longo artigo destacando as qualidades do diretor. Esse site destaca algumas das características do cinema feito por Fellini: a tensão entre o homem moderno e os rudimentos do passado, os sonhos eróticos, o machismo caricatural ou uma estranha mistura de crítica e paixão simultânea por uma sociedade do espetáculo que acabou se tornando uma odiosa indústria publicitária.
Fellini é oriundo de cinema feito no pós-segunda guerra mundial (1939-1945) . Essa tendência, alegam especialistas, constrói em suas obras “reportagens reconstituídas” da sociedade e suas fraturas sociais, obras de extrema relevância e “perfeita e natural aderência à realidade”. Ele ganou 5 oscars ao longo de sua carreira.
Fellini nasceu em 1920 em uma família de classe média da cidade de Rimini. Seu pai era caixeiro viajante e sua mãe, dona de casa. Tinha dois irmãos, ele o mais velho.
No começo dos anos 50, Fellini lançou seu primeiro filme, “O Sheik Branco”. Foi apresentado no festival de Veneza e duramente criticado no evento. Seu segundo filme, “I Viteloni”, de 1953, ganhou o Leão de Prata da edição seguinte do mesmo festival – o que lhe rendeu seu primeiro contrato de distribuição internacional.
Em 1956, ganhou com “Nights of Cabiria” seu segundo Oscar, o primeiro com um filme próprio. Mas sua obra-prima (ou ao menos a primeira delas) seria lançado em 1961 sob o título de “La Dolce Vita”. Este lhe rendeu, além do Oscar, uma Palma de Ouro e um Bafta. Fellini estava entre os grandes.
Fellini é constantemente venerado pela capacidade que tem de construir belos personagens, sempre realçando características humanas. A complexidade das personagens fellinianas sempre foi um ponto importante para compreender como o diretor reconfigurou a representação da subjetividade e do real no cinema. Não padronizar o caráter das personagens é reconhecer a complexidade da própria natureza humana,.
Seu último trabalho foi em 1989, com “The Voice of The Moon”, feito em parceria com Roberto Benigni. Em 1991, contou sua história para o cineasta canadense Damian Pettigrew, o que resultou no documentário lançado mais de 10 anos depois, chamado “Fellini: I’m a Born Liar”.
Em junho de 1993, aos 73 anos, sofreu um derrame que o deixou parcialmente paralisado. Poucos meses depois, sofreu um segundo e derradeiro derrame. Por algum tempo, ficou em coma. Morreu em outubro do mesmo ano.
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