Jovem de 20 anos de idade foi preso acusado de perseguir duas médicas em Fátima do Sul, a 239 km de Campo Grande. Ele chegou a trancar a primeira vítima no consultório, elaborou plano para chegar até uma delas e deixou bilhete amedrontador com desenho de fantasma ao não encontrar a profissional.
O caso é investigado pela DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher), que pediu a prisão preventiva do homem. O mandado foi cumprido nessa quinta-feira (24), com apoio da Polícia Militar.
De acordo com a polícia, há pelo menos um mês o rapaz apresenta comportamento violento, tendo invadido o Hospital da Sias e trancado uma das médicas na sala de atendimento.
“Ele demonstrava comportamento exaltado e agressivo e exigia receita médica de qualquer medicamento. O caso só não piorou porque pessoas que estavam no hospital perceberam a movimentação e começaram a bater na porta, antes que ele cometesse algum fato mais violento”, diz a Polícia Civil.
A médica trancada na sala ficou abalada e impactada com a situação, principalmente devido a episódios de ataques aos profissionais de saúde, os mais recentes ocorridos em São Paulo e Minas Gerais.
Nesta semana, segundo a polícia, outra médica começou a ser perseguida pelo mesmo homem. Ele comparecia insistentemente ao hospital e exigia se encontrar com ela, sem nenhuma justificativa específica.
O homem chegou a causar danos no laboratório vizinho ao hospital, acreditando que a profissional estivesse naquela unidade. Como não a encontrou, deixou bilhete amedrontador para a médica, com desenho de fantasma.
Ainda segundo a polícia, ele também elaborou fluxograma para conseguir chegar até a médica que estava perseguindo, com inclusão do número do CRM e nome da profissional.
Diante dos fatos, a DAM pediu a prisão preventiva do autor, pois, em liberdade, representava perigo à integridade física e psicológica das vítimas. O pedido foi deferido pelo Poder Judiciário.
O delegado Alexandre Neves, responsável pelo caso, disse que as investigações vão prosseguir para a completa apuração dos fatos e identificação de outras possíveis vítimas do agressor, que segue preso.
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