A Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), em Campo Grande, orientou nessa quinta-feira (3/10), que menores vítimas do ‘pai de santo’ procurem a delegacia para a realização de boletins de ocorrência.
Segundo a delegada responsável pelo caso, Anne Karine Trevizan, até o momento, cinco adolescentes já compareceram à unidade policial, e mais seis estão em processo de qualificação.
“Sabemos que existem mais, pois o autor praticava os crimes há algum tempo”, informou a delegada.
A Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente ressalta que o sigilo e discrição serão garantidos e os adolescentes que fizeram as denúncias serão protegidos.
Relembre o caso
Um homem de 44 anos foi preso pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), acusado de estupro de vulnerável e maus-tratos. O fato ocorreu em um terreiro, em Campo Grande, na segunda-feira (30/9), o autor se apresenta como ‘pai de santo’.
O homem mantinha um relacionamento amoroso com o menor há cerca de quatro meses, o que era reprovado pelos pais do garoto.
Para a polícia, o adolescente contou que mora com o líder religioso desde julho deste ano, e que no começo era tudo tranquilo, mas depois o homem passou a ser violento.
O ‘pai de santo’ xingava constantemente o adolescente de ‘burro’, dava tapas no rosto dele e jogava objetos contra ele. Em uma das agressões, o homem arremessou um martelo contra o garoto, acertando o celular da vítima.
No domingo (29/9), o adolescente contou que foi obrigado a ir ‘a uma macumba e depois a um pagode’, e de lá o autor o levou para a casa de outro adolescente, deu cocaína e remédios controlados para a vítima, em seguida, cometeu o estupro.
Ainda segundo o relato, o autor agrediu a vítima durante os abusos. O adolescente foi forçado a beber conhaque, pinga e cerveja. Com isto, a vítima teve vários ferimentos e foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), e encaminhado para o hospital.
Conforme o Midiamax, o ‘pai de santo’ já tem outras passagens na polícia por ameaça e lesão corporal dolosa.
O advogado que defende o autor, disse ao site, que a polícia autuou o homem em um terreiro de candomblé, onde ocorrem rituais e celebrações religiosas.
“Ele foi ouvido e interrogado, a princípio nega tudo”, afirmou o advogado à reportagem.
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