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Campo Grande

Família busca união para enfrentar morte de Letícia em acidente na 14 de Julho

Agarrada a Letícia, a irmã caçula está há uma semana sem ir às aulas, bastante abalada com a perda; união da família virou apoio

30 Ago 2024 - 09h43Por Felipe Dias / Top Mídia News

Com todos ainda tentando lidar com a perda, a família de Letícia Machado Gonçalves, de 19 anos, morta em decorrência de um acidente de trânsito na 14 de Julho, no domingo passado (25), busca na união, a força para seguirem em frente.

Ana Lúcia Oliveira Machado, mãe de Letícia, conta que ainda se encontra desorientada muitas vezes. Ela relata que, desde do dia do acidente, tem sido tantas informações que a família tenta entender tudo o que se passou.

No dia da morte, o primeiro sentimento que teve foi de confusão, conta. Em seguida veio a revolta e a não aceitação. A raiva, porém, foi com Deus, diz Ana Lúcia.

"No primeiro momento, a gente não entende o porquê. Ela era tão jovem. A gente se revolta e tenta buscar um motivo. Era Letícia que me ajudava, que me dava forças e, de repente, eu a perco".

A revolta com Deus, no entanto, logo se foi, afirma Ana Lúcia, ao lembrar da alegria da filha. Foi então que a proximidade ainda maior com a família se tornou fundamental.

Unidos na dor da perda e na saudade, os familiares tentam superar juntos a tristeza. Ana Lúcia conta que a filha caçula, de 6 anos, era muito apegada a Letícia. Devido à idade, ela tem se mostrado com dificuldade para compreender que não verá mais a irmã e não tem ido às aulas.

Para tentar confortá-la, Yuri, viúvo de Letícia, tem morado junto à sogra. Ana Lúcia explica que essa proximidade tem também a ajudado a lidar com a dor. A filha caçula tornou-se também um amparo, diz.

Outra fonte de sustento tem sido as lembranças familiares junto a Letícia. Aos risos, Ana Lúcia relembrou momentos engraçados e histórias da família junto da filha. As lembranças acabam gerando um misto de emoções e sentimentos.

São risos, choros, saudades, luto, tudo ao mesmo tempo. No fim, porém, o principal sentimento é sempre de gratidão por terem tido a chance de viverem tudo junto à Letícia, conta Ana Lúcia.

"Ela era muito amada e sempre preocupada com os outros. Era agarrada com a irmã. Sempre preocupada comigo. Estava sempre fazendo alguém rir. Agradeço a Deus por ter tido a oportunidade de tê-la como filha por 19 anos. Em cada foto, em cada canto, em cada objeto está uma lembrança e mostra quão especial ela foi, e isso nos ampara", conclui a mãe.

Acidente

Leticia estava em uma moto Biz, quando foi atingida por uma BMW preta no cruzamento da Rua 14 de Julho com a Rua Marechal Rondon, no início da noite deste domingo (25).

Segundo o boletim de ocorrência, Lucca Mandetta seguia em um carro BMW pela Rua Marechal Rondon, no sentido oeste-leste, e Letícia trafegava em um veículo Honda Biz pela Rua 14 de Julho, no sentido sul-norte, quando no cruzamento das vias ocorreu a colisão entre a frontal da BMW e a lateral esquerda da Honda Biz.

No local existe sinalização horizontal adequada e vertical (semáforo), que funcionava com normalidade. Lucca ficou no local do acidente e aceitou fazer o teste de alcoolemia, mas depois foi orientado por um advogado a recusar. A Polícia Militar informou que não havia sinais de que ele estivesse bêbado, apesar da decisão.

O motorista acompanhou o socorro do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas Letícia não resistiu. Lucca foi encaminhado para a delegacia plantonista para esclarecimentos.

Testemunha diz que Lucca furou o sinal vermelho

Homem de 40 anos, considerado testemunha ocular do acidente, confirmou para a polícia que Lucca Mandetta furou o sinal vermelho do cruzamento e atingiu Letícia. Ele prestou depoimento na manhã desta quarta-feira (28) na sede da delegacia.

Em seu depoimento, a testemunha explicou que seu primeiro contato com o veículo de luxo foi propriamente na rua Marechal Rondon, mas no cruzamento anterior - com a Avenida Calógeras. Ambos pararam no sinaleiro e saíram ao mesmo tempo, mas ele parou no semáforo com a rua 14 de Julho e percebeu que Lucca seguiu viagem.

Para a polícia, ele conta que chegou a questionar a si mesmo sobre o condutor não ter visto o sinal vermelho, quando ouviu uma buzina e presenciou o veículo de luxo atingindo a motocicleta. A testemunha desceu do seu veículo e foi prestar os primeiros atendimentos à vítima, e, ao se aproximar, percebeu que Letícia estava imóvel e sem batimentos.

Lucca, naquele instante, também desceu do veículo e voltou para a cena do acidente. Foi quando a testemunha perguntou para ele se não tinha visto o sinal fechado, recebendo supostamente a resposta: "não vi". O rapaz ficou nervoso e se ajoelhou, passando a rezar pela vida da motociclista e pontuou: "Espero que ela esteja bem".

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