Em testes feitos pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), foi revelado que o combustível vendido no Estado é de boa qualidade. Nesta semana, foram escolhidos 18 entre os 90 postos monitorados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) que atuam em Campo Grande. Um sorteio determinou quais seriam analisados.
No Estado, dos 600 postos, 120 são monitorados por mês a partir do sorteio. O combustível que é colhido na bomba vai direto para o laboratório de química da UFMS onde são feitos os testes que revelam os componentes misturados na gasolina, no álcool e no diesel.
São três testes diferentes e o resultado sai em menos de duas horas. Das amostras coletadas nos postos de todo Estado, apenas 1% apresenta algum tipo de irregularidade.
Segundo o coordenador dos testes da UFMS, Luiz Henrique Viana, os testes funcionam como uma forma de manter a qualidade do produto fornecido. “Existe uma fiscalização por parte de ANP e do Ministério Público, e isso inibe a adulteração por parte de donos de postos e distribuidoras de combustíveis”.
O monitoramento vem sendo feito em MS desde 2005. O resultado dos testes fica disponível na página da ANP na internet. Para o gerente de posto, Roberto Pereira Oliveira, é importante o consumidor saber o que está comprando. “Os postos que passam pelo monitoramento da ANP, onde é feita a análise e não encontram nenhum problema, o consumidor se sente livre para abastecer”, afirma.
Os motoristas aprovam o monitoramento. “Tem que ter esse controle para gente saber qual tipo de combustível está usando”, diz o corretor de imóveis Ricardo Almiron. Para o moto-entregador, Claudenir de Souza, o monitoramento ainda é pouco divulgado para o consumidor final.
Como os testes são feitos em convênio com a UFMS, os postos não são obrigados a ceder as amostras. Mas segundo Viana, são poucas as situações em que isso ocorre. Neste caso, a ANP é informada e pode mandar ao Estado fiscais que têm poder de fazer a coleta mesmo sem autorização.
RMT Online
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