Servidores do setor administrativo da Polícia Federal aguardam para o final da tarde de hoje (02) decisão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) para pedido de antecipação da audiência marcada para o dia 17 desse mês. Caso a antecipação não ocorra, uma paralisação geral está marcada para os dias 7 e 8 de maio em todo país, de acordo com a presidente do Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal (Sinpec-PF), Hélia Cassemiro.
O protesto é pela reestruturação do Plano Especial de Cargos (PEC). De acordo com o sindicato, entre os problemas enfrentados pela categoria está o aumento da terceirização e o desvio de função.
"Nós gostaríamos de antecipar a data do dia 17 pela urgência em discutir a organização da atividade meio da Polícia Federal. Enquanto isso não acontece, a terceirização se alastra, há desvio de função e o policial passa a fazer a nossa função administrativa e isso culmina num gasto muito maior para a União”, explica a presidente do Sinpec.
Hélia Cassemiro acredita que com a organização da atividade meio e com a reestruturação o governo irá economizar, “repercutindo” no contribuinte um serviço mais ágil. Hoje, são 3,5 mil servidores exercendo atividades administrativas e mais de 2 mil terceirizados. Segundo a sindicalista, o último concurso ocorreu em 2004 e apenas 1.832 servidores foram aprovados, não cobrindo o número de funcionários terceirizados, principalmente nos estados.
“Pedimos ao governo que agilize o reinício dos trabalhos, porque desde 2005 nós estamos pedindo essa reestruturação. O plano foi criado sem cargos próprios, sem tabela de vencimentos própria e desses 1.832 concursados mais de 500 servidores já foram para outros órgãos com carreira organizada e estruturada.”
Agência Brasil
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