As emendas ao Orçamento da União propostas pela bancada parlamentar de Mato Grosso do Sul no Congresso sofreram cortes de R$ 101,1 milhões, por medida de contingência do governo federal. O ajuste global nas contas - anunciado pela equipe econômica na semana passada - chegou a R$ 50 bilhões, sendo R$ 18 bilhões retirados de despesas sugeridas pelos parlamentares.
A previsão de receitas para 2011, aprovada pelo Congresso em dezembro do ano passado, foi reduzida de R$ 819 bilhões para R$ 801 bilhões. Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o governo refez o cálculo e considerou "mais realista" o novo valor.
Parlamentares de MS haviam conquistado a inclusão de R$ 354,3 milhões em emendas a serem destinadas para obras no Estado. Porém, o governo vetou - em parte ou integralmente - aditivos de três deputados federais e um senador: Marçal Filho (PMDB), Antonio Carlos Biffi (PT), Waldemir Moka (PMDB) e Delcídio do Amaral (PT).
A manutenção de trechos rodoviários no entroncamento BR-163 (saída de Dourados) até Nova Andradina, BR-376, tinha R$ 25 milhões previstos por Marçal e foi cortada na íntegra. Mesmo destino teve a manutenção de trechos rodoviários na BR-262, proposto por Biffi: R$ 35 milhões.
A emenda de Moka para adequação de trecho rodoviário da BR-163 nas divisas de Mato Grosso do Sul com Paraná e Mato Grosso tinha previsão de R$ 104 milhões, mas sofreu corte de R$ 21,1 milhões. Já Delcídio esperava contar com R$ 20 milhões para a instalação de espaços culturais no Estado, mas a proposta foi desprovida no Orçamento.
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