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Brasil

Irmãos Rocha são presos pela Polícia Federal

16 Jan 2006 - 09h09

Os irmãos Fernando e Aurélio Rocha, proprietários da cerealista Campina Verde, sediada em Dourados, foram presos na manhã deste domingo pela Polícia Federal. Eles são apontados como os “cabeças” de um esquema de sonegação de impostos na compra e venda de soja e milho. Também foram presos Nilton Rocha Filho, pai de Fernando e Aurélio, e os contabilistas Paulo Campione e Milton Luna.

Dois dos mais conhecidos contabilistas de Dourados, Campione e Luna são proprietários do escritório de contabilidade Contábil São Paulo.

Segundo o delegado federal Bráulio César Galloni, que conduz o inquérito contra os empresários, os mandados de prisão por tempo indeterminado foram decretados pelo juiz federal Odilon de Oliveira, da Vara especial de combate ao crime organizado, que funciona em Campo Grande. Galloni comandou a operação para prisão dos acusados.

Os mandados foram cumpridos entre 8h e 10h deste domingo. A maioria foi presa em casa. Campione teria sido preso na rua, quando se dirigia a uma panificadora para comprar pão.

Os empresários e os contabilistas são acusados de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, uso de documento falso, falsificação de documentos públicos, falsidade ideológica e formação de quadrilha. Além deles, outras nove pessoas são acusadas pelos mesmos crimes – a maioria ligada às 38 empresas “fantasmas” que foram abertas para dar suporte ao esquema de sonegação.

Documentos apreendidos pela Polícia Federal nas casas dos empresários, na empresa e em vários escritórios de contabilidade, assim como documentos fornecidos pela Receita Federal e pelo INSS, levaram a PF a descobrir que o grupo sonegou pelo menos R$ 100 milhões nos últimos cinco anos. O valor da sonegação, no entanto, pode chegar a R$ 400 milhões.

Fernando Rocha, Aurélio Rocha, Nilton Rocha Filho, Paulo Campione e Milton Luna tinham sido indiciados pela Polícia Federal em dezembro de 2005, mas ficaram em liberdade até a conclusão do inquérito.

Na semana passada, Odilon de Oliveira veio de Campo Grande a Dourados, oficialmente para algumas audiências. Entretanto, suspeita-se que a presença do magistrado na cidade tenha sido para assinar os mandados de prisão.

DOSSIÊ
Pessoas conhecidas em Dourados e com estreitas ligações com políticos de Mato Grosso do Sul, os irmãos Fernando e Aurélio Rocha começaram a ser investigados em julho de 2004, quando um dossiê anônimo entregue ao Ministério Público Federal em Campo Grande os apontou como chefes do esquema de sonegação de impostos.

No dia 12 de julho do ano passado, pelo menos cem caixas e pastas com documentos foram apreendidas pela Polícia Federal em cinco escritórios de contabilidade de Dourados. A varredura, feita simultaneamente por equipes da PF comandadas pelo delegado Bráulio Galloni, tinha sido autorizada por mandado de busca e apreensão expedido pela juíza federal Luciana Melchiori Menezes.

O inquérito contra a Campina Verde apurou o envolvimento da cerealista na abertura de empresas “laranjas” para sonegação de impostos na compra e venda de soja. Bráulio Galloni disse que há indícios do envolvimento da Campina Verde na abertura de pelo menos 38 empresas “laranjas” em Mato Grosso do Sul. A maioria fica em Dourados, mas existem empresas em Ponta Porã e Campo Grande.

Na época, Bráulio Galloni informou que a maioria das empresas investigadas já havia sido fechada e o funcionamento durou apenas uma safra. As investigações mostraram que, através dos escritórios de contabilidade, a Campina Verde abria as chamadas “empresas laranjas”, onde outras pessoas apareciam como proprietárias, e atuava na compra e venda de soja.

Depois do fim da safra, a empresa era desativada. De acordo com a investigação, as transações eram feitas sem o devido recolhimento de impostos.

Em entrevista por telefone ao site “Campo Grande News”, no dia 12 de julho do ano passado, o empresário Fernando Rocha negou que a empresa sonegue impostos e que mantenha ligações com empresas operadas por “laranjas”. “Estamos OK com o fisco estadual e federal, não sonegamos tributos. A Campina Verde não tem relações com empresas ‘laranjas’”, afirmou Fernando ao site da capital.

“Já ouvi falar que umas 30 ou 40 cerealistas estariam sendo investigadas por sonegação. Na minha não existe sonegação”, disse o empresário ao “Campo Grande News”.

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