O número de invasões de terra no primeiro semestre deste ano já supera o total do ano passado. Entre janeiro e junho, foram 230 casos, contra os 222 registrados em 2003, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário divulgados ontem.
As 230 invasões de terra até junho representam um avanço de 96% em relação ao primeiro semestre do ano passado, que teve 117 casos. Significa também o número mais alto já registrado nos seis primeiros meses de um ano pela Ouvidoria Agrária Nacional, criada em 1999.
Para a ouvidora agrária nacional substituta, Maria de Oliveira, os números do chamado "abril vermelho" acabaram inflando o balanço de todo o semestre. "Foi uma ação muito forte dos movimentos." O "abril vermelho" foi uma onda de ações no campo liderada pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Naquele mês, foram registradas 109 invasões de terra. Em junho, foram 17 invasões, contra 48 de março. No ano passado, junho registrou 18 casos.
Escalada pelo ministério para falar em nome do governo federal, Maria de Oliveira prevê um "período positivo", com menos invasões de terra, no segundo semestre deste ano.
Das 230 invasões, 100 estão no Nordeste, seguido as regiões Sudeste (74), Centro-Oeste (25), Sul (22) e Norte (9). No ranking dos Estados, Pernambuco lidera com 53 casos --logo atrás vêm São Paulo (37), Minas Gerais (24), Bahia (17) e Paraná (15). Cinco Estados (AM, TO, RR, AP e AC) não registraram nenhuma invasão no primeiro semestre deste ano.
"Fizemos a jornada de luta de abril para pressionar o governo a mudar o quadro de lentidão da reforma agrária. Mas, pelo visto, tudo continua na base apenas das intenções", disse Gilberto Portes de Oliveira, do Fórum Nacional de Reforma Agrária, que reúne, entre outros, MST, Contag e CPT.
Luiz Antonio Nabhan Garcia, presidente nacional da UDR (União Democrática Ruralista), afirmou ontem que os números indicam que "o governo federal passou do papel de refém para conivente com os sem-terra".
No balanço, chama a atenção a queda do número de assassinatos no campo. No primeiro semestre, cinco pessoas foram mortas por causa de conflitos fundiários, contra 10 no mesmo período do ano passado. Em 2003, foram 42 assassinatos com tal motivação.
As 230 invasões de terra até junho representam um avanço de 96% em relação ao primeiro semestre do ano passado, que teve 117 casos. Significa também o número mais alto já registrado nos seis primeiros meses de um ano pela Ouvidoria Agrária Nacional, criada em 1999.
Para a ouvidora agrária nacional substituta, Maria de Oliveira, os números do chamado "abril vermelho" acabaram inflando o balanço de todo o semestre. "Foi uma ação muito forte dos movimentos." O "abril vermelho" foi uma onda de ações no campo liderada pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Naquele mês, foram registradas 109 invasões de terra. Em junho, foram 17 invasões, contra 48 de março. No ano passado, junho registrou 18 casos.
Escalada pelo ministério para falar em nome do governo federal, Maria de Oliveira prevê um "período positivo", com menos invasões de terra, no segundo semestre deste ano.
Das 230 invasões, 100 estão no Nordeste, seguido as regiões Sudeste (74), Centro-Oeste (25), Sul (22) e Norte (9). No ranking dos Estados, Pernambuco lidera com 53 casos --logo atrás vêm São Paulo (37), Minas Gerais (24), Bahia (17) e Paraná (15). Cinco Estados (AM, TO, RR, AP e AC) não registraram nenhuma invasão no primeiro semestre deste ano.
"Fizemos a jornada de luta de abril para pressionar o governo a mudar o quadro de lentidão da reforma agrária. Mas, pelo visto, tudo continua na base apenas das intenções", disse Gilberto Portes de Oliveira, do Fórum Nacional de Reforma Agrária, que reúne, entre outros, MST, Contag e CPT.
Luiz Antonio Nabhan Garcia, presidente nacional da UDR (União Democrática Ruralista), afirmou ontem que os números indicam que "o governo federal passou do papel de refém para conivente com os sem-terra".
No balanço, chama a atenção a queda do número de assassinatos no campo. No primeiro semestre, cinco pessoas foram mortas por causa de conflitos fundiários, contra 10 no mesmo período do ano passado. Em 2003, foram 42 assassinatos com tal motivação.
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