Pouco antes do início dos protestos contra o governo de Hosni Mubarak, a internet saiu do ar no Egito na madrugada desta sexta-feira. Durante a tarde, usuários do país já relatavam uma lentidão acima do normal para acessar e atualizar dados em redes sociais, o que evoluiu para o efetivo bloqueio desses sites no começo da noite.
Manifestantes convocaram um grande protesto nesta sexta-feira após o meio dia. Espera-se uma multidão ainda maior que a da manifestação da última quarta-feira, quando sete pessoas morreram e mais de mil foram detidas pela polícia. Elas foram às ruas protestar contra as medidas de aumento no preço dos alimentos, os crescentes índices de desemprego e a corrupção sistematizada do governo de Hosni Mubarak, no poder desde 1981. Batizada de "dia da revolta", a manifestação começou na terça, 25, e foi organizada pela internet, inspirada no movimento que retirou do poder o presidente tunisiano Zine El Abidine Ben Ali, no último dia 14 de janeiro.
Relações internacionais - Na quarta-feira, os Estados Unidos se declararam favoráveis à liberdade de expressão do povo egípcio. A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, pediu nesta quarta-feira ao governo egípcio para não impedir os protestos pacíficos ou bloquear as comunicações, incluindo redes sociais como o Facebook e o Twitter. Ela disse que as manifestações deram às autoridades egípcias "uma importante oportunidade" para anunciar amplas reformas.
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