De acordo com o resultado de uma pesquisa, a droga usada no tratamento do câncer de mama também conseguiria combater o câncer de pulmão.
Segundo pesquisadores, os medicamentos diminuem níveis de estrogênio, hormônio sexual feminino, e automaticamente conseguem reduzir as mortes por câncer de pulmão.
Para os autores, é preciso ainda ser feito mais estudos e descobrir as implicações dos produtos nos pacientes.
Já o Centro de Pesquisa Britânico sobre o Câncer informou que o correto é realizar testes clínicos em larga escala, antes de tirar essas conclusões.
A dúvida de alguns estudiosos é que o hormônio ficou por anos sendo associado à propagação de câncer. Entretanto, essa pesquisa mostra que reduzir a quantidade de hormônio no corpo produziria o efeito oposto à criação de um câncer.
Os cientistas da Universidade de Genebra, na Suíça, fizeram experiências com o remédio Tamoxifen, que é usado no tratamento do câncer de mama há mais de 40 anos e anula o estrogênio no corpo.
Cerca de 6 mil mulheres foram analisadas, quando diagnosticadas com câncer de mama entre 1980 e 2003. Cerca de metade delas foi tratada com antiestrogênicos.
Segundo os dados, não apresentou diferenças significativas no número de mulheres que desenvolveu câncer de pulmão, mas o grupo das que tomavam antiestrogênicos tiveram um número menor de mortes.
Uma das especialistas que comandou o estudo, médica Elisabetta Rapiti, informou que os resultados só “sustentam a hipótese de que há influência hormonal no câncer de pulmão”.
Que segundo a médica só foi enfatizado “pela presença de receptores de estrogênio e progesterona em uma proporção substancial de cânceres deste tipo”.
Todas as pesquisas são focadas no câncer de pulmão porque a doença é o segundo tipo mais comum de câncer na Grã-Bretanha. Além do mais, está fortemente ligado ao fumo.
“Se há desenvolvimento de receptores para estrogênios nas células cancerígenas, é evidente que esses hormônios possam auxiliar no desenvolvimento”, reforça o tutor do Portal Educação, farmacêutico Ronaldo Costa.
Segundo ele, há estudos que relatam que o estrogênio ativa genes sensíveis aos agentes mutagênicos do cigarro, o que explicaria o rápido aumento do número de casos de câncer de pulmão entre as mulheres a partir da década de 1980, quando o marketing das indústrias tabagistas voltaram-se para o público feminino.
“A descoberta dessa associação entre antiestrogênicos e redução de câncer de pulmão, por sua vez, é um grande passo, uma vez que utiliza medicamentos já disponíveis no mercado, economizando cerca de 10 anos de pesquisa para elaboração de um novo tipo de terapia”, enfatiza Costa.(portal educação)
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