Ainda não foi possível verificar a autenticidade da nova declaração, que foi parcialmente publicada pelos jornais Asharq Al-Awsat e Al-Hayat, ambos editados em Londres. Os jornais disseram que a carta data de 1º de julho, mas não explicaram como ela foi obtida.
Em uma gravação de 15 de abril, Bin Laden, o líder da Al-Qaeda, ofereceu uma trégua aos europeus se eles retirassem suas tropas de países islâmicos. Ele prometeu não cometer ataques contra o continente durante três meses.
A nota diz ainda que os ataques vão continuar até que os Estados Unidos libertem seus prisioneiros muçulmanos e até que "todas as terras muçulmanas, inclusive Jerusalém e a Caxemira, estejam limpas da mancha dos judeus, americanos e hindus". "Os muçulmanos no Ocidente devem partir para países muçulmanos se puderem", afirmou a carta. "Os que não podem devem tomar precauções e viver em áreas muçulmanas, reservar comida para um mês, encontrar formas de proteger a si e a suas famílias, deixar dinheiro em casa para durar um mês ou mais e rezar muito e colocar sua fé nas mãos de Deus", aconselha o texto.
O grupo disse que as pessoas envolvidas no "diálogo das civilizações" têm pouco tempo para convencer a Europa a aceitar a trégua. "A corrida agora é entre vocês, o tempo e os governos europeus que se recusaram a parar seus ataques contra muçulmanos. Portanto, não nos culpem pelo que vai acontecer, e pedimos desculpas de antemão se vocês estiverem entre os mortos."
O grupo disse que também planeja ataques no Iêmen, na esperança de criar "um terceiro atoleiro (para os Estados Unidos), depois do Iraque e do Afeganistão".
Vários países europeus rejeitaram a oferta de trégua, que excluía Estados Unidos e Israel. A CIA disse que a voz na gravação provavelmente era mesmo de Bin Laden. As Brigadas Abu Hafs Al-Masri, que se alinha à Al-Qaeda, é batizada em homenagem a Mohammed Atef, conhecido como Abu Hafs, um assessor de Bin Laden que foi morto em 2001 no Afeganistão.
Reuters
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