Fez-se um cruzamento da renda que constava do cadastro de programas sociais do governo com os dados registrados na RAIS (Relação Anual de Informações Sociais). Verificou-se que, entre 2004 e 2005, integrantes das famílias receberam mais de R$ 120 mensais, remuneração limite para a inscrição no Bolsa Família.
Os 330.682 mil bloqueios correspondem a 3% do total de famílias credenciadas no programa: 11,1 milhões. O governo admite desbloquear os pagamentos, desde que as famílias comprovem que ainda se enquadram no perfil do Bolsa Família. Se não houver nenhuma manifestação, os benefícios serão definitivamente cancelados num prazo de 90 dias.
Nos próximos meses, o ministério do Desenvolvimento Social vai checar outros 198.634 benefícios. Há, também nestes casos, indícios de que as famílias têm renda superior à exigida para o ingresso no Bolsa Família. Comprovando-se a irregularidade, haverá uma nova leva de bloqueios de benefícios.
O ministério veiculou no seu portal na internet detalhes da auditoria no Bolsa Família. O nível de renda das famílias é uma das grandes encrencas do programa. A grossa maioria das famílias que têm a ventura de melhorar os seus rendimentos tende a esconder o fato do governo. Continuam penduradas na folha de benefícios sociais do governo, impedindo que outros brasileiros necessitados sejam atendidos. É uma tunga do pobre contra o miserável.
Folha Online
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