Menu
FARMÁCIA_CENTROFARMA_FULL
quinta, 26 de dezembro de 2024
FARMÁCIA_CENTROFARMA_FULL
Busca
Busca
Brasil

FMI acredita que Brasil crescerá mais que o previsto em 2007

11 Abr 2007 - 15h30
O FMI (Fundo Monetário Internacional) revisou hoje para cima suas previsões de crescimento para o Brasil, que deve crescer este ano 4,4%, um aumento de quatro décimos em relação aos cálculos divulgados em setembro, e 4,2% em 2008.

No relatório "World Economic Outlook" ("Perspectivas Econômicas Mundiais"), a instituição indica que o Brasil e o Chile serão os dois únicos países latino-americanos cuja economia crescerá mais que no ano anterior.

Ainda assim, o aumento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro não alcançará a média da região, que será de 4,9% em 2007. Já no ano seguinte, o Brasil crescerá o mesmo que a média latino-americana, ou seja, 4,2%.

Segundo o FMI, os dados econômicos recentes indicam que a atividade econômica já vivencia um crescimento no Brasil. O organismo acredita que, com a inflação sendo "contida", o Banco Central tem "espaço" para dar continuidade às baixas das taxas de juros, iniciadas há 18 meses.

De acordo com a instituição, a inflação cairá dos 4,2% registrados no ano passado para 3,5% este ano e ficará em 4,1% em 2008.

O relaxamento monetário previsto e as medidas anunciadas pelo Governo para incentivar o investimento "devem estimular a demanda interna", afirmou o FMI.

Ao mesmo tempo, as contas externas do país continuarão sua lenta queda. O Brasil registrou um superávit em conta corrente equivalente a 1,6% do PIB em 2005 e a 1,3% no ano passado.

O organismo acredita ainda que o índice chegará a 0,8% este ano e a 0,3% em 2008. O relatório destaca também que a rigidez do orçamento e as necessidades de gasto público "constituem uma limitação para dedicar recursos às áreas prioritárias" no Brasil.

O FMI pede que o país faça reformas que flexibilizem o orçamento, de modo que se invista mais em programas sociais como o Bolsa Família.

Crescimento global

O mundo crescerá este ano e no seguinte 4,9%, segundo o FMI, que reduziu sua previsão para os Estados Unidos e constata um aumento do risco de uma queda nas bolsas.

"Apesar dos altos e baixos recentes dos mercados financeiros, a economia mundial caminha para registrar outro bom ano em 2007", explicou Simon Johnson, economista-chefe do FMI.

Em outras circunstâncias, os calafrios na maior economia do mundo estenderiam um halo de pessimismo às previsões de crescimento mundial, mas o FMI acredita que o resto do planeta continuará saudável.

"Os Estados Unidos podem ter espirrado, mas parece ser um espirro pequeno e até agora não é provável que o mundo se contagiará", afirmou Johnson.

Assim, as más notícias no setor de hipotecas americano não convenceram o organismo a reduzir os cálculos de PIB em nível mundial que tinha antecipado em setembro do ano passado.

O Fundo baixou em 0,7 ponto percentual sua previsão de crescimento para os EUA, que deixou em 2,2% este ano, e em 0,4 ponto percentual em 2008, para 2,8%.

Mas acredita que estas reduções serão compensadas por desempenhos melhores do que o previsto em outras regiões. A zona do euro crescerá 2,3% em 2007 e 2008, em ambos os casos 0,3 ponto percentual a mais que o calculado inicialmente.

O FMI também revisou para cima o crescimento do Japão para este ano, que chegará a 2,3%, enquanto será de 1,9% em 2008.

A China continuará com suas taxas estratosféricas, crescendo 10% este ano e 9,5% no seguinte, com a Índia em seus calcanhares, pois seu PIB vai aumentar 8,4% e 7,8%, respectivamente.

Ao mesmo tempo, os riscos para a economia mundial diminuíram nos últimos seis meses, segundo o Fundo.

No ano passado nesta mesma época a grande preocupação era o alto preço do petróleo e seu potencial para encarecer outros produtos que o usam como insumo.

No entanto, o perigo de inflação assusta agora menos depois da queda do preço do barril que vem acontecendo desde agosto de 2006.

Segundo o FMI, tem se reduzido o risco de que os desequilíbrios em conta corrente - manifestados por um déficit do setor externo de 6,5% do PIB nos EUA, e superávit na Ásia e nos países produtores de petróleo - tenham efeito global.

Por outro lado, cresceu "moderadamente" o perigo de uma queda das bolsas mundiais.

O organismo vê a queda nas bolsas mundiais no final de fevereiro e começo de março como "uma correção modesta após uma alta rápida das ações, e não uma mudança fundamental do sentimento no mercado".

Após anos de taxas de juros baixas e pouca volatilidade, os investidores assumiram cada vez mais riscos e o Fundo teme que se dêem conta de forma repentina dos perigos e revisem suas posições.

"Essa retirada poderia ter repercussões macroeconômicas sérias", alertou o Fundo em seu relatório.

A situação do mercado imobiliário americano é outro foco de problemas potenciais para a economia mundial, no julgamento do organismo.

O FMI vê "alguns sinais provisórios de estabilização", mas alerta que terá que esperar "vários" trimestres para ver a retomada de construção de imóveis.

Os estoques de casas não vendidas estão em seu maior nível em quinze anos e os preços caíram em algumas regiões.

No setor de hipotecas de risco "houve claramente um relaxamento excessivo dos padrões de crédito", disse o Fundo.

No entanto, a instituição dirigida pelo espanhol Rodrigo de Rato acredita que se continuar a alta do emprego e da renda, os problemas desse setor não contagiarão o resto da economia.

Os mercados emergentes também causam riscos, apesar dos Governos, em geral, terem reduzido a dívida e aumentado suas reservas em moeda estrangeira.

Segundo o FMI, estas melhoras podem não ser suficiente para justificar a alta nos preços das ações nessas praças e a redução das taxas de risco.

O relatório citou em particular como uma vulnerabilidade o nível da dívida na América Latina, que continua alta.
 
 
 
Folha Online

Participe do nosso canal no WhatsApp

Clique no botão abaixo para se juntar ao nosso novo canal do WhatsApp e ficar por dentro das últimas notícias.

Participar

Leia Também

Luto
Faleceu Ney Latorraca, um renomado ator e diretor, conhecido por seus papéis marcantes em produções
Mortos tinham 20 anos e seriam traficantes de drogas / Repórter Top
Família diz que ação da PM com jovens mortos foi execução em Rio Verde de MT (Vídeo)
Economia
Itens da ceia de Natal podem ter variação de preços de até 234%
Plantão
Avião de pequeno porte cai no centro de Gramado (RS), deixando mortos e feridos
Thermas dos Laranjais / Foto: Reprodução ESTRAGOS DAS CHUVAS
Forte chuva causa estragos no parque aquático Thermas dos Laranjais e toda cidade de Olímpia

Mais Lidas

ACIDENTE NAS ESTRADAS
Acidente envolve três veículos e deixa comerciante ferido na divisa de Fátima do Sul e Vicentina
SUPERAÇÃO
O milagre de Michael Schumacher: choro e o fim do estado de coma
Fonte: A Princesinha NewsTRAGÉDIA NAS ESTRADAS
TRAGÉDIA: Caminhonete sai da pista, colide em árvore, pega fogo e criança de 8 anos morre
FÁTIMA DO SUL DE LUTO
Fátima do Sul se despede de Abdias Tenório, Pax Oliveira informa sobre velório e sepultamento
Natal
Veja as 4 galerias de fotos da chegada do Papai Noel na praça Getúlio Vargas em Fátima do Sul