Neste domingo, 19 de janeiro de 2025, o Brasil se despediu de um de seus ícones no jornalismo esportivo, Léo Batista, que faleceu aos 92 anos. O renomado jornalista e locutor estava internado no Hospital Rios D’Or, localizado na cidade do Rio de Janeiro, onde se tratava de um tumor no pâncreas. Sua internação ocorreu no início do mês, após a apresentação de um quadro de desidratação abdominal, que levou os médicos a realizarem exames mais aprofundados.
A condição de Léo foi confirmada em um boletim médico divulgado na sexta-feira, 17 de janeiro, que detalhou a gravidade do diagnóstico e a necessidade de cuidados intensivos e tratamento especializado. Sua saúde já havia se deteriorado consideravelmente, mas a notícia de sua morte ainda trouxe um forte impacto emocional a familiares, amigos e admiradores, que acompanhavam sua trajetória ao longo dos anos.
Natural de Cordeirópolis, no interior de São Paulo, João Batista Belinaso Neto nasceu em 22 de julho de 1932. Desde muito jovem, Léo demonstrou uma paixão pelo esporte e pela comunicação, o que o levou a construir uma carreira brilhante. Ele dedicou mais de cinquenta anos de sua vida profissional à TV Globo, onde se tornou uma das vozes mais reconhecíveis do país. Sua ligação com o Botafogo, time do coração, o tornou um torcedor fervoroso e um verdadeiro representante do clube.
Léo Batista ficou conhecido como “a voz marcante” do esporte na emissora, tendo coberto eventos esportivos de grande importância, como Copas do Mundo e Olimpíadas. Sua presença nas transmissões não apenas informava, mas também emocionava os telespectadores, que se viam conectados às suas narrativas apaixonadas e envolventes.
Durante sua extensa carreira, Léo teve a responsabilidade de relatar momentos históricos que marcaram o Brasil e o mundo. Entre os fatos que ele noticiou estão a morte do então presidente Getúlio Vargas, em 1954, e o assassinato do presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, em 1963. Além disso, sua cobertura da trágica morte do piloto brasileiro Ayrton Senna deixou uma marca indelével na memória coletiva do país. Em uma entrevista, Léo recordou o dia do acidente de Senna, expressando a comoção que ele e muitos brasileiros sentiram naquele fatídico momento.
Entre as vivências memoráveis de sua carreira, Léo Batista também esteve presente na primeira transmissão interestadual da televisão brasileira, que ocorreu em 1956 com uma partida entre Brasil e Itália, realizada no Estádio do Maracanã. Este evento não só foi um marco para a televisão, mas também para o jornalismo esportivo, consolidando Léo como uma figura fundamental na história da comunicação no Brasil.
Em 2024, a TV Globo prestou tributo a sua trajetória, produzindo uma série chamada “Léo Batista, a Voz Marcante”, que recontou os principais momentos de sua carreira e sua influência no esporte brasileiro. Sua última aparição ao público ocorreu em 26 de dezembro do ano anterior, quando participou de uma reportagem que discutia a relação do beisebol com os Jogos Olímpicos.
A confirmação do falecimento de Léo Batista foi feita pelo Grupo Globo, que expressou seu pesar pela perda de um profissional que dedicou sua vida ao jornalismo e ao esporte. “Léo Batista trabalhou com o que gostava até praticamente os últimos dias de sua vida”, destacou a nota oficial da emissora, refletindo a admiração e o respeito que todos tinham por ele.
Com sua partida, o Brasil perde uma voz inconfundível e uma presença marcante no jornalismo esportivo, mas sua contribuição e legado permanecerão vivos na memória de todos que tiveram a oportunidade de ouvir suas narrações emocionantes e acompanhar sua trajetória.
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