Professores ‘à beira de um ataque de nervos’. O estresse dos mestres tem preocupado o setor de Apoio Social da Secretaria Estadual de Educação, que afastou das salas de aula, somente no mês de julho deste ano, 196 profissionais. São 18 mil docentes em salas-de-aula na rede estadual de Mato Grosso do Sul e, no ano passado, 4% deles, ou seja, 800 foram tirados de suas funções por conta de problemas relacionados à saúde mental.
“Estamos ainda concluindo nossos levantamentos. Mas, sabemos que essa é uma profissão que precisa de apoio”, explica a técnica do setor de Apoio Social, Leny Carmo de Souza.
Com 20 anos de profissão, Neuza Torres, 59, está há cinco meses de licença. Da sala de aula, a professora de Geografia chegou a ocupar o cargo de gerente de Educação em Bodoquena e trabalhar no setor administrativo da Secretaria.
“No começo tinha muito ânimo. Aos poucos não suportei a sobrecarga e o estresse transformou-se em depressão”, desabafa, mostrando os remédios usados no tratamento da doença.
A alegria dos primeiros anos de carreira foi perdendo sentido com o passar dos anos, relata a professora. “No trabalho, tive momentos de falta de autonomia. Cheguei a trabalhar os três turnos todos os dias. Meu casamento acabou”, diz, contando que deixava a filha pequena com a empregada da casa e hoje se culpa por isso.
“Se parar e olhar para trás sinto apenas saudade dos alunos. A dor na alma é muito grande”, analisa.
Leny Souza faz um alerta sobre o problema. “O professor vai desenvolvendo lentamente a patologia mental”. Segundo a apoiadora, a LER (Lesão do Esforço Repetitivo) também ajuda a esgotar aos poucos as energias do profissional.
“O educador trabalha com a mente. O problema aparece com as dores de cabeça, na coluna, gastrite, e evolui para o estresse e depressão, por conta de um quadro geral, que passa pelas relações pessoais”, aponta Leny Souza.
A valorização profissional “de dentro para fora” é levada em conta na hora de analisar o problema. “É comum a gente achar que o professor só reclama. Ele perde a leitura do mundo e não reconhece que hoje em dia, com o desemprego, é quase um privilégio ser assistido nestes momentos”, explica Leny Souza.
Diante deste quadro de licenças dos profissionais, resta ao Estado arcar com o gasto na hora de compensar o vazio na sala-de-aula. Professores substitutos são convocados e com isso cresce a folha de pagamento.
“Hoje em dia, o Estado convoca professores substitutos e põe no lugar dos que deixam a escola para o tratamento. Agora, os que trabalham na parte administrativa deixam aos colegas o acúmulo de trabalho e isso pode gerar mais profissionais doentes”, explica Leny Souza. Ela não sabe informar o quanto é necessário para custear as novas contratações.
A presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação), Mara Carrara sintetiza o problema. “O Estado prefere pagar substitutos a investir no profissional da Educação. O professor sente-se impotente e o desempenho em sala-de-aula fica afetado”.
“Estamos ainda concluindo nossos levantamentos. Mas, sabemos que essa é uma profissão que precisa de apoio”, explica a técnica do setor de Apoio Social, Leny Carmo de Souza.
Com 20 anos de profissão, Neuza Torres, 59, está há cinco meses de licença. Da sala de aula, a professora de Geografia chegou a ocupar o cargo de gerente de Educação em Bodoquena e trabalhar no setor administrativo da Secretaria.
“No começo tinha muito ânimo. Aos poucos não suportei a sobrecarga e o estresse transformou-se em depressão”, desabafa, mostrando os remédios usados no tratamento da doença.
A alegria dos primeiros anos de carreira foi perdendo sentido com o passar dos anos, relata a professora. “No trabalho, tive momentos de falta de autonomia. Cheguei a trabalhar os três turnos todos os dias. Meu casamento acabou”, diz, contando que deixava a filha pequena com a empregada da casa e hoje se culpa por isso.
“Se parar e olhar para trás sinto apenas saudade dos alunos. A dor na alma é muito grande”, analisa.
Leny Souza faz um alerta sobre o problema. “O professor vai desenvolvendo lentamente a patologia mental”. Segundo a apoiadora, a LER (Lesão do Esforço Repetitivo) também ajuda a esgotar aos poucos as energias do profissional.
“O educador trabalha com a mente. O problema aparece com as dores de cabeça, na coluna, gastrite, e evolui para o estresse e depressão, por conta de um quadro geral, que passa pelas relações pessoais”, aponta Leny Souza.
A valorização profissional “de dentro para fora” é levada em conta na hora de analisar o problema. “É comum a gente achar que o professor só reclama. Ele perde a leitura do mundo e não reconhece que hoje em dia, com o desemprego, é quase um privilégio ser assistido nestes momentos”, explica Leny Souza.
Diante deste quadro de licenças dos profissionais, resta ao Estado arcar com o gasto na hora de compensar o vazio na sala-de-aula. Professores substitutos são convocados e com isso cresce a folha de pagamento.
“Hoje em dia, o Estado convoca professores substitutos e põe no lugar dos que deixam a escola para o tratamento. Agora, os que trabalham na parte administrativa deixam aos colegas o acúmulo de trabalho e isso pode gerar mais profissionais doentes”, explica Leny Souza. Ela não sabe informar o quanto é necessário para custear as novas contratações.
A presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação), Mara Carrara sintetiza o problema. “O Estado prefere pagar substitutos a investir no profissional da Educação. O professor sente-se impotente e o desempenho em sala-de-aula fica afetado”.
Campo Grande News
Conecte-se conosco via WhatsApp!
Acesse o link abaixo e faça parte do nosso grupo VIP no WhatsApp para não perder nenhuma novidade.
Acessar Grupo VIPLeia Também

Baile de Aleluia promete agitar Vicentina com show de Pepe Moreno e baile com Diassis e Banda

Ministro aterrissa em Dourados na sexta para iniciar obras do Terminal do Aeroporto

Idoso é encontrado morto sem órgão genital e coração, idosa confessa crime e diz que os comeu

Duas pessoas morrem em acidente com carro em chamas (Vídeo)

Filme brasileiro "Ainda Estou Aqui" vence "Melhor Filme Internacional"
Mais Lidas

Prefeitura abre inscrições para PROCESSO SELETIVO com diversas vagas em Fátima do Sul, CONFIRA

REFIS: Prefeitura concede até 100% de desconto em juros e multas em débitos municipais em Vicentina

DOR e DESPEDIDA: Amigos lembram sonho de Paulo ser piloto e lamentam morte do piloto Paulo Crispim

Polícia Civil de Fátima do Sul e Vicentina prende traficante e desativa ponto de drogas
