Os estoques baixos de soja da safra velha nos Estados Unidos em razão da entressafra sustentaram as cotações do grão na quinta-feira na Bolsa de Chicago, segundo analistas. Houve ainda recuperação técnica após as perdas do pregão anterior, de acordo com Odinéia Santos, da Safras & Mercados. Os contratos de julho tiveram alta de 40,5 centavos de dólar a US$ 9,335 por bushel. Agosto subiu 21,25 centavos de dólar a US$ 8,0375 por bushel.
De acordo com a Dow Jones Newswires, o mercado foi impulsionado por rumores não confirmados de que grandes esmagadoras de soja, como ADM e Bunge teriam suspendido temporariamente as operações em suas fábricas no Meio-Oeste americano por causa da falta de soja.
Um porta-voz da ADM não foi localizado para comentar a informação. Já um representante da Bunge disse que a empresa não comenta rumores e que será um anúncio se houver fechamento de unidades por um período maior de tempo.
A reação em Chicago sustentou os preços da soja também no Brasil, apesar da valorização do real ante o dólar. No porto de Paranaguá, a soja foi negociada entre R$ 46,50 e R$ 47,50 por saca no transferido, de acordo com a Agência Rural. No dia anterior, estava em R$ 46,00.
O mercado de soja no Brasil está parado, com poucos produtores querendo vender e poucas indústrias dispostas a comprar. O quadro ainda é reflexo da recente crise com a China, que suspendeu compras do Brasil, acredita uma fonte.
Ontem, a Embrapa divulgou que a ferrugem asiática provocou perdas de cerca de 4,5 milhões de toneladas de soja na safra 2003/04. Somando-se o que deixou de ser colhido e os gastos com fungicidas e despesas com aplicação, o custo foi de aproximadamente US$ 2 bilhões.
Valor Econômico
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