Desde que a Polícia Federal começou a receber as armas de fogo, obedecendo ao Estatuto do Desarmamento, as seis delegacias – de Campo Grande e do interior – receberam 336 revólveres, pistolas e espingardas. A média é de 48 armamentos entregues por dia no Estado.
A maior quantidade está em Campo Grande, com 169 armas entregues; seguida de Dourados com 58; Três Lagoas e Corumbá, 40 cada; Ponta Porã, 20 e, em último, Naviraí, com apenas nove. Em Três Lagoas, 18 unidades foram entregues por um colecionador.
Pernambuco é um dos estados que está à frente na entrega de armas. Só ontem foram 515 unidades, 35% a mais que nos sete dias em todo Mato Grosso do Sul. A média do Estado é de quase 100 armas por dia, o dobro de Mato Grosso do Sul.
Mesmo assim, a quantidade de unidades entregue em Mato Grosso do Sul superou a expectativa da Polícia Federal, segundo a assessoria de imprensa. A polícia estima um movimento cada vez maior e torce para que os R$ 10 milhões liberados para as indenizações em todo País não sejam suficientes.
O aposentado Wilson Reis de Andrade, de 62 anos, achou um bom negócio se desfazer da espingarda e da carabina que há décadas pertencem à família. “Eu costumava usar para caçar, mas isso já faz 20 anos. Guardei esperando uma nova oportunidade”, diz.
Pelas duas armas, Wilson vai ganhar, em 30 dias, R$ 300. Ele, que fumou durante 40 anos, hoje gasta mais de R$ 100 por mês com remédios para tratar um enfisema pulmonar. “O dinheiro vai ser muito útil”, comemora. Além do valor, o aposentado diz que a entrega representa um alívio. Mas para que essa sensação seja ainda maior, “só quando a violência for menor”. E, para isso, lembra, é preciso investir em educação. “É importante, mas só desarmar a população não resolve. Temos que ensinar nossas crianças e adolescentes que a violência não resolve os problemas”.
A arma não é entregue na primeira visita à PF. Antes, é preciso ir até a sede da corporação retirar a guia para autorização de trânsito de arma. Sem ela, o cidadão pode ser preso. Para fazer a guia, é preciso informar dados pessoais, identificação da arma, em qual veículo vai fazer o transporte, em qual dia e qual percurso vai realizar. Feita a guia, a polícia dá, geralmente, o prazo de um dia para a entrega.
A indenização é depositada em conta corrente em, no máximo, 30 dias. A polícia orienta que é necessário ter o número do CPF do dono da conta. Edno Rodrigues de Oliveira teve que ligar para a irmã para pegar o número do documento. Depois disso, deixou na polícia um revólver calibre 32 que ganhou como pagamento por um serviço. Edno faz fretes e, para ajudar um amigo, resolveu aceitar a arma. “Ele não tinha como pagar, aceitei o revólver, mas nunca usei”, afirma. O revólver era mantido em casa. “Dava um certo receio. Ele poderia acabar sendo usado contra nós, em um assalto, por exemplo”. Para receber a indenização, a arma deve ser entregue até dezembro. Os valores são:
Revólveres – R$ 100, exceto o calibre 357 Magnum, calibre 44 e calibre 44 Magnum que dão direito a R$ 200;
Pistolas – R$ 100, exceto as 9mm, 10mm, calibre 40, calibre 357, calibre 44 Magnum e calibre 45 que dão direito a R$ 300
Espingardas – R$ 100
Carabinas – R$ 200
Fuzis – R$ 300
A maior quantidade está em Campo Grande, com 169 armas entregues; seguida de Dourados com 58; Três Lagoas e Corumbá, 40 cada; Ponta Porã, 20 e, em último, Naviraí, com apenas nove. Em Três Lagoas, 18 unidades foram entregues por um colecionador.
Pernambuco é um dos estados que está à frente na entrega de armas. Só ontem foram 515 unidades, 35% a mais que nos sete dias em todo Mato Grosso do Sul. A média do Estado é de quase 100 armas por dia, o dobro de Mato Grosso do Sul.
Mesmo assim, a quantidade de unidades entregue em Mato Grosso do Sul superou a expectativa da Polícia Federal, segundo a assessoria de imprensa. A polícia estima um movimento cada vez maior e torce para que os R$ 10 milhões liberados para as indenizações em todo País não sejam suficientes.
O aposentado Wilson Reis de Andrade, de 62 anos, achou um bom negócio se desfazer da espingarda e da carabina que há décadas pertencem à família. “Eu costumava usar para caçar, mas isso já faz 20 anos. Guardei esperando uma nova oportunidade”, diz.
Pelas duas armas, Wilson vai ganhar, em 30 dias, R$ 300. Ele, que fumou durante 40 anos, hoje gasta mais de R$ 100 por mês com remédios para tratar um enfisema pulmonar. “O dinheiro vai ser muito útil”, comemora. Além do valor, o aposentado diz que a entrega representa um alívio. Mas para que essa sensação seja ainda maior, “só quando a violência for menor”. E, para isso, lembra, é preciso investir em educação. “É importante, mas só desarmar a população não resolve. Temos que ensinar nossas crianças e adolescentes que a violência não resolve os problemas”.
A arma não é entregue na primeira visita à PF. Antes, é preciso ir até a sede da corporação retirar a guia para autorização de trânsito de arma. Sem ela, o cidadão pode ser preso. Para fazer a guia, é preciso informar dados pessoais, identificação da arma, em qual veículo vai fazer o transporte, em qual dia e qual percurso vai realizar. Feita a guia, a polícia dá, geralmente, o prazo de um dia para a entrega.
A indenização é depositada em conta corrente em, no máximo, 30 dias. A polícia orienta que é necessário ter o número do CPF do dono da conta. Edno Rodrigues de Oliveira teve que ligar para a irmã para pegar o número do documento. Depois disso, deixou na polícia um revólver calibre 32 que ganhou como pagamento por um serviço. Edno faz fretes e, para ajudar um amigo, resolveu aceitar a arma. “Ele não tinha como pagar, aceitei o revólver, mas nunca usei”, afirma. O revólver era mantido em casa. “Dava um certo receio. Ele poderia acabar sendo usado contra nós, em um assalto, por exemplo”. Para receber a indenização, a arma deve ser entregue até dezembro. Os valores são:
Revólveres – R$ 100, exceto o calibre 357 Magnum, calibre 44 e calibre 44 Magnum que dão direito a R$ 200;
Pistolas – R$ 100, exceto as 9mm, 10mm, calibre 40, calibre 357, calibre 44 Magnum e calibre 45 que dão direito a R$ 300
Espingardas – R$ 100
Carabinas – R$ 200
Fuzis – R$ 300
Campo Grande News
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