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Brasil

Crédito rural para Centro-Oste reflete alta das exportações

13 Ago 2004 - 15h56
A expansão das fronteiras dos agronegócios no país, com o fortalecimento cada vez maior da região Centro-Oeste e a abertura de novas regiões produtoras, mudou o perfil da destinação dos recursos de crédito rural, em um processo que ficou mais nítido nas últimas cinco safras. A mudança envolve tanto a distribuição dos recursos por Estado quanto a tomada de crédito por parte de pequenos, médios e grandes produtores.

"Houve um salto no volume de recursos disponibilizados ao produtor, ainda que boa parte deles a juros livres, e um redirecionamento do crédito, buscando facilitar o acesso aos pequenos e médios produtores", afirma Wilson Araújo, coordenador de análise econômica da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura.

Entre a safra 2000/01 e a última (2003/04), o volume aumentou mais de 60%, de R$ 22,61 bilhões para um montante pouco superior a R$ 37 bilhões (incluindo agricultura familiar). Ainda que insuficiente para atender à demanda de financiamento do setor - estimada em R$ 100 bilhões por safra - , o crédito aumentou, no período, mais que a própria produção. Em 2004/05, serão R$ 46,45 bilhões,

Segundo a Conab, a área plantada com grãos cresceu 24% de 2000/01 para 2003/04, para 46,9 milhões de hectares, enquanto a produção subiu 19,7%, para 120 milhões de toneladas. Já o PIB agrícola, que foi de R$ 344,94 bilhões em 2001, é estimado este ano em R$ 522,19 bilhões pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) - alta de 51%.

É fato que o avanço da produção foi puxado pelas culturas de exportação, e a distribuição de recursos reflete o movimento, com a soja absorvendo a maior fatia. Segundo o Banco do Brasil, responsável por 55% da liberação de crédito rural no país - incluindo o Pronaf (agricultura familiar) - , 20,4% dos recursos já são destinados ao grão, 14,8% ao milho, 7,7% à bovinocultura e 7,3% ao algodão.

Essa distribuição explica a mudança no mapa das liberações. Conforme o BNDES, responsável pela divulgação de relatórios anuais sobre crédito rural, o Mato Grosso, que em 2000 era o terceiro maior Estado tomador, com R$ 227,5 milhões - ou 13,7% do total -, passou, com o avanço da soja, a ocupar a primeira posição em 2003, com R$ 685,4 milhões (18,1%). São Paulo, que liderava os empréstimos em 2000, com R$ 281,9 milhões, ou 18,8% do total, caiu para a quarta posição em 2003, com R$ 479,3 milhões, ou 12,7%.

"As fronteiras agrícolas exigem mais recursos e a transformação do cerrado em área agricultável demanda grandes investimentos para melhoramento de solo", diz Luciano Carvalho, assessor técnico da CNA. Assim, a participação do Centro-Oeste cresceu de 27%, em 2000, para 33% em 2003; a do Sul passou de 32% para 38%, enquanto a do Sudeste caiu de 34% para 22%. Norte e Nordeste continuaram com 2% e 5%, respectivamente.

Para Wilson Araújo, a mudança na rota do crédito está relacionada a um esforço do governo, empreendido a partir da última safra, em facilitar a oferta de recursos a pequenos e médios produtores. "Houve um rearranjo na distribuição do crédito em benefício desse público e eles têm prioridade na liberação dos créditos da agricultura comercial", diz o coordenador.

Não é, contudo, o que acontece no Banco do Brasil. "O volume de contratos feitos com os pequenos e médios produtores cresceu, mas os grandes produtores e as agroindústrias ainda tomam a maior parte dos recursos", afirma o gerente de agronegócios do banco, Luiz Gonzaga Lessa. Segundo o BB, a fatia dos grandes caiu nas últimas quatro safras de 83,8% para 81,7%.

Já a distribuição de crédito do Pronaf segue outro caminho, tendo como principais destinos as regiões Sul, Norte e Nordeste. Criado em 2000, o programa teve os recursos dobrados nas últimas quatro safras e tem R$ 7 bilhões para o recém-iniciado ciclo 2004/05. Entre 2000/01 e 2003/04, a participação do Norte passou de 4,9% para 14,3%. O Centro-Oeste subiu de 6,7% para 7,7% e o Sudeste, de 15,7% para 17,4%. A fatia do Nordeste caiu de 19,9% para 17,7% e a do Sul, de 52,8% para 42,9%.
 
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