Católicos de todas as idades e de vários estados brasileiros estão se preparando para a visita do Papa Bento XVI ao Brasil. A perspectiva de passar horas dentro do avião ou do ônibus e depois enfrentar a multidão para tentar ficar perto de Bento XVI não desanima os fiéis.
"É a realização de um sonho", diz a arquiteta Paula Andrea Caluff Rodrigues, de 39 anos, que mora em Belém (PA) e vai viajar até São Paulo em uma "comitiva" de cerca de 20 pessoas.
"Vou com parentes e padres da minha paróquia", conta. No grupo do qual ela faz parte estão pessoas de todas as idades: a mais nova é a sobrinha de Paula, que tem 8 anos. O mais velho é um frei, de 79 anos.
O grupo vai sair da capital paraense no dia 10 de maio, de avião, às 3h da madrugada. No mesmo dia, à tarde, deve participar do encontro com os jovens no estádio do Pacaembu, na capital paulista. "Vai ser uma correria, mas vale a pena", afirma Paula.
A arquiteta ainda planeja participar da canonização de Frei Galvão, no Campo de Marte, e dos eventos em Aparecida. "Vamos acompanhar a agenda do Papa", diz.
Paula comenta que acompanhou uma missa celebrada pelo Papa João Paulo II em Belém em 1980. "Eu era pequena e pedi a meu pai para ver o Papa. Neste ano, minha filha mais nova fez o mesmo pedido. Fiquei emocionada", afirma. "Não vai ser uma viagem de turismo, mas sim uma viagem de fé."
Dentro do ônibus
E é essa mesma fé que vai dar ânimo às pessoas que vão participar da excursão promovida pela dona-de-casa Maria Dinalva dos Santos, de 64 anos, de Divinópolis (MG). Pelo menos 30 pessoas da cidade já se interessaram pela viagem de ônibus até Aparecida. "Vai ser um bate-e-volta. Vamos sair daqui no dia 11 de maio, participamos da celebração no dia 12 de maio e já voltamos para casa", conta.
E é essa mesma fé que vai dar ânimo às pessoas que vão participar da excursão promovida pela dona-de-casa Maria Dinalva dos Santos, de 64 anos, de Divinópolis (MG). Pelo menos 30 pessoas da cidade já se interessaram pela viagem de ônibus até Aparecida. "Vai ser um bate-e-volta. Vamos sair daqui no dia 11 de maio, participamos da celebração no dia 12 de maio e já voltamos para casa", conta.
O ônibus chega a Aparecida na noite do dia 11, mas, parar economizar com as diárias de hotel, alguns fiéis disseram que vão dormir dentro do coletivo. "Vamos fazer uma penitência e oferecer o sacrifício a Deus", diz Maria.
Na bagagem da dona-de-casa, um objeto já tem lugar garantido: a bandeirinha que ela ganhou na missa celebrada por João Paulo II em Belo Horizonte (MG), na década de 80. "Vou levar a mesma bandeira", diz ela. Na ocasião, ela também programou uma excursão e levou 50 pessoas à capital mineira para ver o pontíficie.
500 quilômetros a pé
Um grupo de amigos está percorrendo quase 500 quilômetros a pé para ver o Papa. A viagem começou em Itambaú, no Interior de São Paulo. A trajetória inclui 12 cidades paulistas e nove no Sul de Minas Gerais.
Um grupo de amigos está percorrendo quase 500 quilômetros a pé para ver o Papa. A viagem começou em Itambaú, no Interior de São Paulo. A trajetória inclui 12 cidades paulistas e nove no Sul de Minas Gerais.
Todo o percurso foi planejado. Antes de sair, eles rezam e verificam os mapas, mas há imprevistos. O grupo já se perdeu. A bancária Márcia de Fátima conta que o dono de uma pousada chegou a buscar o grupo no meio da mata. "Nós estávamos perdidos", conta. Eles devem chegar a Aparecida no dia 13.
Encontro de jovens
Do outro lado do país, o seminarista Fabrício Araújo Neto, de 24 anos, que mora em Curitiba (PR), também prepara a viagem. Ele deve participar do encontro de Bento XVI com os jovens, no Pacaembu, e da missa de canonização de Frei Galvão. "Vai ser um momento muito importante para mim", diz ele. "Eu tinha o sonho de conhecer João Paulo II, mas não foi possível. Quando ele morreu, torci para o cardeal Joseph Ratzinger, que era o braço direito de João Paulo", comenta Fabrício.
Do outro lado do país, o seminarista Fabrício Araújo Neto, de 24 anos, que mora em Curitiba (PR), também prepara a viagem. Ele deve participar do encontro de Bento XVI com os jovens, no Pacaembu, e da missa de canonização de Frei Galvão. "Vai ser um momento muito importante para mim", diz ele. "Eu tinha o sonho de conhecer João Paulo II, mas não foi possível. Quando ele morreu, torci para o cardeal Joseph Ratzinger, que era o braço direito de João Paulo", comenta Fabrício.
O seminarista está ajudando a organizar a viagem de cerca de 600 jovens que devem sair da capital do Paraná para acompanhar a agenda de Bento XVI em São Paulo e em Aparecida. "A arquidiocese recebeu 500 ingressos para o encontro dos jovens. A procura foi tanta que pedimos mais 100."
Em Goiânia (GO), o padre Antônio Martins da Silva, de 38 anos, também está organizando a viagem dos jovens. Os preparativos começaram há algum tempo. "Fui para São Paulo no início de março para procurar lugar para os jovens goianos se hospedarem e conhecer os lugares onde vão ocorrer as celebrações", afirma. "Agora, está tudo preparado."
Da capital de Goiás partirão seis ônibus com aproximadamente 300 jovens que vão participar dos eventos em São Paulo. "A expectativa de todo mundo é grande. É um momento de emoção para todos os católicos", diz o padre, que integra a Arquidiocese de Goiânia e é pároco da Paróquia São Sebastião.
Momento de comunhão
A baiana Esperança Pardo, de 28 anos, que trabalha no Movimento Pontos Coração, organização ligada à Igreja Católica que atende a população carente e atua em 18 países, não vê a hora de viajar para São Paulo. Esperança vai viajar com cerca de 20 pessoas.
A baiana Esperança Pardo, de 28 anos, que trabalha no Movimento Pontos Coração, organização ligada à Igreja Católica que atende a população carente e atua em 18 países, não vê a hora de viajar para São Paulo. Esperança vai viajar com cerca de 20 pessoas.
"Somos dois grupos: um vai sair de Salvador no dia 8 de maio e o outro, no dia 9", diz ela. "Pegamos promoções em passagens aéreas e vamos conseguir aproveitar mais a viagem. De ônibus, iríamos demorar mais de um dia para chegar."
Esperança vai participar dos eventos na capital paulista e em Aparecida. Na cidade do interior de São Paulo, ela vai se encontrar com 40 pessoas ligadas ao Movimento Pontos Coração da Argentina. "A grande quantidade de pessoas que vai participar dos eventos não me incomoda. Pelo contrário. É um momento de comunhão, de encontro dos católicos", afirma.
G1
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