O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu atrair o colega equatoriano, Rafael Correa, ao seu projeto de expansão da produção de biocombustíveis. Logo depois de assinarem 14 acordos entre os quais os que prevêem a cooperação da Embrapa para o cultivo de insumos, como a palma africana, e a cooperação da Petrobrás na área de produção de biodiesel e etanol, o presidente Lula afirmou que o Brasil e o Equador vão enfrentar juntos "os desafios de mudar a matriz energética mundial, mesmo sendo dois países produtores de petróleo e auto-suficientes".
Lula disse que a Petrobrás planeja ampliar seus investimentos no Equador a US$ 1 bilhão, até 2010. O governo, ressaltou o presidente, também espera participação brasileira em outros projetos, como o que ocorreu no financiamento da construção da hidrelétrica do São Francisco, no Equador, que vai aumentar em 10% a oferta de energia elétrica naquele país.
Lula destacou também a decisão de convocar uma comissão bilateral para tratar das obras de infra-estrutura do eixo Manta-Manaus, que se reunirá dentro de 15 dias em Quito. Esse projeto multimodal permitirá o acesso de produtores brasileiros ao porto de Manta, no Oceano Pacífico, e o acesso de produtores equatorianos ao Atlântico. Ao explicar de forma entusiasmada esse projeto, Lula chegou a esquecer da palavra "rodovia" e preferiu a espanhola "carretera", que mencionou duas vezes.
Ele destacou também a participação do Equador no processo de integração sul-americana e aproveitou para defender a "integração financeira mais ágil e menos custosa, especialmente as obras de infra-estrutura. Chegou até mesmo a pedir maior cooperação entre os órgãos financeiros já existentes na região. Nesse tópico, porém,em vez de receber o apoio de Correa, Lula ouviu de seu convidado a opção pela alternativa propagada por Hugo Chávez, da Venezuela: a criação do Banco do Sul.
Agência Estado
Junte-se a nós no WhatsApp!
Toque no botão abaixo e entre no nosso grupo exclusivo do WhatsApp para receber atualizações em primeira mão.
Entrar