O bagaço da cana-de-açúcar pode substituir a fibra de celulose e ser usado na composição do asfalto. A descoberta é do engenheiro civil Cláudio Leal, professor do Instituto Federal Fluminense, de Campos. O método já tinha sido testado com sucesso em laboratório e, nessa quinta-feira, foi para as ruas. Leal pavimentou um trecho de 50 metros na BR-356, na entrada de São João da Barra, no norte do Estado. A experiência vai ser monitorada por seis meses.
Tese de Doutorado do professor, ele explica que o projeto transforma a fabricação do asfalto em um método mais simples e barato. O bagaço é usado como aditivo estabilizador para o asfalto, evitando que o cimento escorra durante as etapas de mistura ou aplicação do pavimento. Por conta de sua resistência, a aplicação do componente é muito eficaz no asfalto usado em rodovias com tráfego intenso.
Segundo Leal, esse sistema é mais simples, econômico e ecologicamente correto. “Utilizando o bagaço da cana evitamos a poluição do ambiente, reaproveitando um resíduo como recurso renovável. Embora as usinas utilizem boa parte do bagaço para produção de energia, cerca de 20% é lançado no meio ambiente”, diz o pesquisador.
A vantagem econômica é que o bagaço da cana irá substituir a fibra de celulose feita na Alemanha importada pelo Brasil além de ser um produto em abundância na região.
O engenheiro ainda acrescenta que o processo usando o bagaço é bem simples. “Basta secar e peneirar, ao contrário do processo químico complexo que envolve a fibra”, argumenta.
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