Indignado, Azambuja afirma ser inaceitável ver crianças fora da escola por falta de estradas que as levem até as salas e busca urgência nas discussões que tragam solução para o problema dos assentamentos no Estado
Após ter sido procurado por lideranças de Ponta Porã que o visitaram acompanhados pela vereadora Dulce, o deputado Reinaldo Azambuja (PSDB) levou a plenário, num aparte do discurso do deputado Pedro Kemp, sua preocupação com relação à organização do núcleo urbano do Assentamento Itamaraty I e II e as estradas daquela região.
Azambuja repassou aos colegas a grande apreensão dos assentados com a possibilidade das invasões... “O Incra deve fazer essa demarcação o quanto antes para que os assentados saibam onde será instalada, dentro do núcleo, a escola, o posto... enfim, para que se organizem... e isso é urgente!”.
Azambuja observou ainda que, segundo informações dos lideres, foram feitos dois contratos para manutenção e recuperação das estradas da Fazenda Itamaraty, que atende atualmente 2.837 famílias. “O que nos foi relatado é muito grave... Os contratos chegam a dois milhões de reais e o que foi executado até o momento não passa de oito quilômetros de estradas...”
O deputado relatou que solicitou que os lideres trouxessem os contratos para que estes pudessem ser analisados, observando quem foi responsável pela contratação dos serviços, o que foi contratado, os prazos, e valores, pagos e devidos. “Tem criança fora da escola por que não consegue trafegar nas estradas do assentamento. Isso não pode acontecer... é um retrocesso!” indignou-se.
“Com a chegada das cópias dos contratos iremos nos reunir e buscar intervir junto ao Governo do Estado para que este problema seja solucionado o mais breve possível” frisou Azambuja observando ainda que as questões ali abordadas são questões que envolvem todos os assentamentos do Estado.
REFORMA AGRARIA
A eficiência do programa de reforma agrária é medida basicamente pela quantidade de famílias assentadas, o que segundo o deputado Reinaldo não dá garantia de que estas famílias estão tendo qualidade de vida. “... Será que basta você somente assentar as famílias, coloca-las no lote? E o que fazer não tendo a mínima estrutura?... Fica esse jogo de empurra.... É do município, essa responsabilidade, é do Estado, da União? Enquanto se discute isso as pessoas estão ali, elas precisam da mínima condição para sobreviver e estas pessoas querem trabalhar pelo seu sustento...” observa.
Na busca de soluções Azambuja sugere que todos os deputados participem das discussões em torno de projetos que viabilizem os assentamentos “Eu tenho certeza que nesta Casa nós conseguiremos discutir com todos os deputados para que a gente consiga auxiliar os assentamentos do Mato Grosso do Sul, para que eles tenham principalmente viabilidade, para dar ao cidadão assentado e sua família condições de vida digna, produzindo seu sustento, custeando sua manutenção e gerando sua renda” enfatiza.
“Se continuarmos discutindo a reforma agrária no Brasil considerando positiva pelo número de pessoas assentadas, nós vamos conviver com o que nos estamos vendo hoje, pessoas desasistidas, que não tem condições mínimas de sobrevivência e grande número de pessoas vendendo os lotes e transformando a reforma agrária num comércio” finalizou Azambuja.
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