A Polícia brasileira apreendeu ontem mais R$ 50,6 mil em notas falsas na região da fronteira do Brasil com o Paraguai, confirmando as suspeitas de que as cidades de Ponta Porã (MS) e Foz de Iguaçu (PR) são as portas de entrada de reais falsificados produzido em Pedro Juan Caballero, no Paraguai. Conforme as autoridades brasileiras, desde o início do ano está sendo investigada uma base de falsificadores da moeda do Brasil em território paraguaio.
Em junho, a Polícia de Mato Grosso conseguiu identificar que a cidade de Ponta Porã é a rota usada pelos falsificadores de cédulas que abastecem a Região Centro-Oeste. De acordo com ela, o material é impresso em Pedro Juan Caballero, na divisa entre os dois países, e introduzido no Brasil através de Ponta Porã de onde em Mato Grosso passando pela BR-163, sendo que em alguns casos o dinheiro é enviado pelo Correio.
O caminho percorrido pelas cédulas, antes de chegar no comércio, começa no Paraguai, em laboratórios de falsificação. Na maioria das vezes, a fabricação das notas é feita com impressoras off-set, por meio de programas de computador que produzem cédulas semelhantes às verdadeiras. Depois de pronto, o material entra no País geralmente pela fronteira com Mato Grosso do Sul por meio de receptadores brasileiros.
Outro método utilizado é a lavagem química, sendo que as quadrilhas aplicam produtos e “lavam” notas de R$ 1,00 deixando o papel branco, sendo que depois imprimem notas de valores mais altos em cima do papel moeda. A falsificação mais freqüente é a de notas de R$ 50,00, já que a de R$ 100,00 gera mais desconfiança e a de R$ 10,00 tem valor baixo, além de ser de plástico, o que dificulta a cópia.
As investigações também apontam que a quadrilha vende cada nota por um terço de seu valor. Na apreensão de ontem as 1.013 notas falsas estavam com paraguaio Julio César Aranda, 26 anos, natural de Pedro Juan Caballero, e que era passageiro de um ônibus que partiu de Foz do Iguaçu com destino a Campinas (SP). Ele informou aos policiais brasileiros que foi contratado em Pedro Juan para transportar as notas falsas até Sorocaba (SP) e que receberia R$ 1 mil pelo trabalho. Com informações do jornal ABC Color.
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