“Vieram me perguntar se eu queria enfrentar o São Paulo e eu perguntei: que São Paulo? O do Juvenal ou o do Muricy?”, disse Vampeta, referindo-se à interferência do presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, na escalação do time do técnico Muricy Ramalho.
Há uma explicação para a provocação: o Corinthians não vence o São Paulo há 12 jogos, desde 22 de março de 2003, na final do Campeonato Paulista, quando Vampeta estava em campo. De lá para cá, sem o volante no lado corintiano, foram 4 empates e 8 vitórias são-paulinas. O jogador de 33 anos, que não joga desde agosto, fez exames médicos nesta quarta-feira e começa a treinar a partir desta quinta com o preparador físico Ricardo Rosa. Fará um trabalho especial para entrar em forma e poder se juntar ao grupo do Corinthians.
Mas Vampeta vai ter que fazer mais do que provocações para garantir um lugar no time. “Ele pode aportar experiência, mas ninguém tem vaga garantida”, disse o técnico Paulo César Carpegiani, que conta com outros oito volantes no elenco.
Vampeta tenta voltar ao Corinthians desde o início deste ano. Convenceu o presidente do clube, Alberto Dualib, mas não passou pelo crivo do então técnico Emerson Leão, que barrou sua contratação em março. Como Leão caiu, a contratação de Carpegiani abriu espaço para a volta do antigo ídolo, bicampeão brasileiro (98 e 99) e campeão mundial com o Corinthians (2000).
Carpegiani é o mesmo técnico que, quando dirigia o São Paulo, em 1999, afastou o goleiro Roger por ter posado nu para uma revista gay. Meses antes, a capa da mesma revista havia sido outro jogador de futebol: Vampeta. Agora, vão ter de trabalhar juntos.
Estadão
Conecte-se conosco via WhatsApp!
Acesse o link abaixo e faça parte do nosso grupo VIP no WhatsApp para não perder nenhuma novidade.
Acessar Grupo VIP